A Corte Especial do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), em sessão extraordinária realizada nesta segunda-feira (15), escolheu os oito magistrados que assumirão o cargo de Juiz de Direito Substituto em Segundo Grau.Pelo critério de merecimento, a Corte optou por Carlos Alberto França, da 11ª Vara Cível da Comarca de Goiânia; Amaral Wilson de Oliveira, da 2ª Vara Cível da Comarca de Goiânia; Gerson Santana Cintra, da 8ª Vara Criminal (Crimes Punidos com Reclusão) também de Goiânia, e Elizabeth Maria da Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual da Capital.Por antiguidade integram a lista Francisco Vildon José Valente, Avelirdes Almeida Pinheiro Lemos, da 5ª Vara Criminal (Crimes de Trânsito e Contravenções Penais) da Comarca de Goiânia; Maria das Graças Carneiro Requi, da 10ª Vara Criminal (Crimes Punidos com Reclusão) da Capital, e Carlos Roberto Fávaro, da 9ª Vara Cível de Goiânia.
Em fevereiro, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou que existia no país R$ 1 bilhão em bens apreendidos por decisões judiciais que determinaram o sequestro de patrimônio de réus em ações penais. Esse valor, no entanto, pode ser considerado irrisório diante dos resultados de uma pesquisa realizada pela FGV Direito Rio. O estudo constatou que 94% dos juízes não determinaram sequer uma única vez a indisponibilidade de bens durante o andamento de ações penais que resultaram em condenações entre agosto de 2008 e agosto de 2009. O baixíssimo índice de aplicação das chamadas medidas cautelares patrimoniais existentes na legislação brasileira levou os pesquisadores da FGV à conclusão de que, neste caso, menos pode significar mais. Eles elaboraram uma proposta de mudança no Código de Processo Penal que, ao restringir os atuais mecanismos para a indisponibilidade de bens, pode levar a um aumento do uso desse tipo de medida e, assim, permitir uma recuperação maior do patrimônio desviado por criminosos.A pesquisa foi feita pela FGV Direito Rio sob encomenda do Ministério da Justiça, que em 2007 lançou o programa "Pensando o Direito", feito em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), para desenvolver pesquisas que possam auxiliar os debates sobre a elaboração de normas relacionadas ao Poder Judiciário no Congresso Nacional. De acordo com o pesquisador Thiago Bottino, professor da FGV Direito Rio e coordenador da pesquisa, uma das conclusões a que se chegou é a de que os juízes aplicam pouco as três medidas cautelares patrimoniais previstas hoje em lei porque, delas, apenas uma é considerada viável, ao passo que todas são tidas como desatualizadas.As medidas de indisponibilidade de bens possíveis hoje são o sequestro, aplicável ao caso de bens obtidos como produto da prática de crimes; e o arresto e a hipoteca legal de bens lícitos, móveis e imóveis, respectivamente, em processos em que se discute o pagamento de indenização por danos provocados por crimes. Nesses dois últimos casos, o problema apontado pelos juízes, conforme a pesquisa da FGV, é que eles acabam tendo que lidar com matérias que não se referem à existência ou não de crime, mas a questões patrimoniais. Isso acaba, segundo os juízes que responderam à pesquisa, tornando o processo mais demorado. "Os dispositivos são muito pouco aplicados", diz Bottino. O mesmo ocorre com o sequestro de bens, ainda que ele pareça uma medida mais simples e afeita ao juiz criminal. O problema, segundo Bottino, é que, uma vez feito o sequestro, é preciso administrar o bem sequestrado. Nos casos em que o bem é dinheiro, o depósito em juízo resolve a questão. Mas nem sempre é assim. Imóveis tornados indisponíveis aos seus proprietários precisam ser alugados e seus débitos (de condomínio e IPTU) pagos e veículos precisam ser conservados ou mesmo alienados imediatamente para que não percam seu valor, entre outros pontos. O CNJ, recentemente, recomendou, por meio da Resolução nº 30, a alienação antecipada de bens, hoje prevista apenas na Lei de Tóxicos, justamente para evitar que isso ocorra.A proposta feita pela FGV é a de criar uma única espécie de medida cautelar patrimonial, a ser chamada de indisponibilidade de bens. Tomada a medida, o juiz pode contratar um administrador particular para gerir esses bens - mecanismo, segundo Bottino, trazido da Lei de Falências -, que prestaria contas mensalmente. Outra possibilidade prevista no anteprojeto de lei elaborado pelo grupo responsável pela pesquisa é a de que esse administrador possa contratar pessoas ou empresas para recuperar bens no exterior com a verba gerada pela administração dos bens já apreendidos - ficando com 10% do que for recuperado, como forma de incentivar a prática, cada vez mais necessária diante da internacionalização das organizações criminosas.A proposta da FVG ainda prevê a alienação imediata de bens que podem perder valor, a transferência de bens para o Estado - hoje prevista na Lei de Tóxicos apenas para os casos de tráfico de drogas - e a extensão do prazo máximo de indisponibilidade de bens, que dos atuais 60 dias, quase nunca cumpridos hoje, passaria para seis meses em cada instância (inquérito e primeira e segunda instâncias da Justiça). Denominada de reforma das medidas cautelares patrimoniais, o anteprojeto será apresentado hoje em um evento na FGV Direito Rio. A ideia, segundo Bottino, é a de que a proposta tenha sua tramitação independente do projeto que altera o Código de Processo Penal, à espera de votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. O Projeto de Lei nº 156, elaborado por uma comissão de juristas convocada pelo presidente da Casa, José Sarney, praticamente não altera as medidas de indisponibilidade de bens existentes hoje,
O desembargador Rogério Arédio Ferreira participa da 3ª Coleção Goiânia em Prosa e Verso, na próxima quinta-feira (18), às 19h30, no Deck do Flamboyant Shopping Center. Arédio vai autografar o livro “Discursos”. O evento é uma promoção da Secretaria Municipal de Cultura, Editora Kelps e Editora PUC-GO e reúne 136 escritores.
O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou na 100ª sessão de julgamentos realizada na última terça-feira (09/03) a institucionalização dos encontros nacionais anuais do Poder Judiciário. O objetivo é que todos os anos os presidentes e os corregedores dos tribunais brasileiros se reúnam para avaliar e renovar o planejamento estratégico para o melhor funcionamento da Justiça brasileira. Desde 2008, os encontros nacionais têm se realizado sob a coordenação do CNJ, tendo a terceira edição ocorrida no dia 26 de fevereiro deste ano, em São Paulo. O ato que aprova as regras básicas para institucionalização dos encontros anuais, relatado pelo presidente do CNJ, ministro Gilmar Mendes, foi aprovado por unanimidade pelo plenário. A institucionalização dos encontros será incluída no texto da Resolução 70 do CNJ, que dispõe sobre o Planejamento e a Gestão Estratégica no âmbito do Poder Judiciário. Também serão incluídas, em anexo na Resolução 70, as 10 metas nacionais prioritárias da Justiça para este ano de 2010 e que foram aprovadas durante o 3º Encontro Nacional de Judiciário, realizado no dia 26 de fevereiro, em São Paulo.Entre as metas deste ano está a Meta 1 que consiste em julgar em 2010 quantidade igual a de processos de conhecimento distribuídos este ano mais uma parcela do estoque acumulado (processos à espera de julgamento), com acompanhamento mensal. O processo judicial compreende os processos de conhecimento, de execução e cautelar. O de conhecimento é aquele em que o juiz avalia o caso concreto e decide qual das partes tem razão.Também se destaca, em 2010, a nova Meta 2 que prevê o julgamento de todos os processos de conhecimento distribuídos nos tribunais, inclusive superiores, até 31 de dezembro de 2006. No caso dos processos trabalhista, eleitoral, militar e do tribunal do júri, os julgamentos devem englobar também os casos distribuídos até dezembro de 2007. No caso do tribunal do júri, a meta está relacionada com a ação estratégica prioritária definida para o Judiciário em 2010 que é a área criminal.
O plenário do CNJ aprovou, no último dia 9, um extenso documento, de 154 páginas, com medidas destinadas a modernizar o processo penal brasileiro. Feito por quem vive a realidade da Justiça Criminal brasileira, na esfera federal e estadual. É dizer, não se trata de algo elaborado com a visão estreita de quem conhece a Justiça a partir apenas da sua comarca, mas sim por profissionais que têm recebido reclamações, representações, reivindicações e visitado diversos pontos de nosso extenso território.O chamado “Plano de Gestão para o funcionamento das Varas Criminais e de Execução Penal” divide-se em dois tópicos: 1) iniciativas administrativas que, por Resolução, objetivam agilizar a Justiça Criminal; 2) sugestões ao Poder Legislativo para alterações legais, via projeto de lei.Na via administrativa ─ sempre mais fácil de adotar-se ─ busca-se a criação do Fundo Nacional de Segurança do Judiciário; a documentação de depoimentos por meio audiovisual e audiências por videoconferência e a instituição de mecanismos para controle dos prazos de prescrição nos tribunais e juízos dotados de competência criminal.A documentação de depoimentos por meio audiovisual e audiências por videoconferência já estão suficientemente amadurecidas para serem adotadas no Brasil. Na verdade, o CNJ simplesmente regulamentou os artigos 185, parágrafo 1º, e 217 do CPP, que assim permitem. E o fez nos pontos que têm suscitado dúvidas.Testemunhas que receiam, com toda razão, estar frente a frente com os presos, poderão ser ouvidas desta maneira. Presos de periculosidade reconhecida e pertencentes a organizações cujo poder rivaliza com o do Estado (em determinadas zonas é mais forte), idem. O “turismo carcerário”, consistente em viagens planejadas com extremo rigor (transporte aéreo, rigoroso policiamento, diárias, etc.), para ouvir testemunhas abonatórias, será coisa do passado.Mecanismos para a contagem da prescrição são bons. Mas a pretendida efetividade é discutível. Resolução alguma pode alterar as dificuldades para as ações penais tramitarem, sujeitas a um formalismo enorme, a inúmeros recursos sucessivos (v.g. embargos de declaração), com prescrição pela pena aplicada, contagem pela metade a quem chega aos 70 anos e recursos especial (STJ) e extraordinário (STF), cuja duração média nenhuma pesquisa conseguiu nem conseguirá descobrir.Para agilizar as comunicações de flagrante, se utilizará o sistema eletrônico. Nada mais adequado aos tempos modernos. Não faz mais sentido a autoridade policial lavrar autos de prisão e, por vezes, levar ao juiz em outro município ou, de madrugada, ao servidor de plantão. O envio por mensagem eletrônica significará comunicação imediata, economia de papel e de tempo dos policiais. Evidentemente, na Polícia Civil de alguns estados poderá haver dificuldades por falta de estrutura tecnológica. Mas nisto o tempo dará solução.Vejamos as propostas de alteração via projeto de lei:Quanto à fiança, pretende-se que seja aumentada a possibilidade de concessão. Atualmente só cabe fiança em crimes apenados até dois anos. Mas, na prática, ela é pouco concedida, seja porque a liberdade provisória é a via mais simples e barata, seja porque até a fixação do valor é de difícil compreensão, por falar o artigo 325, “a”, do CPP em valor de referência. Fiança é um bom caminho, pode evitar a prisão desnecessária, com o mérito de vincular o criminoso ao juízo. Mas, para ser eficiente, tem que ser alta. Para quem possa pagar, evidentemente. Alta significa algo que possa chegar a 500 salários mínimos em situações de maior gravidade.O regime de cumprimento de penas é outra boa iniciativa. Pretende-se que seja concedida prisão domiciliar aos que concordarem com o monitoramento eletrônico. Levantam-se vozes contra, a dizer que é humilhante. Mas qual a humilhação? O uso de uma pulseira, de uma tornozeleira?Vejamos como isso funciona. Seriam casos em que o condenado recebe o benefício da prisão em regime aberto (pena até quatro anos), ou seja, trabalha de dia e dorme em estabelecimento carcerário. Na prática, quase todos já dormem em casa por falta de local apropriado, o que significa ser a prisão domiciliar. Só que não há quem faça o controle. O Judiciário não tem servidores suficientes para esse tipo de serviço. Resultado, a total desmoralização da Justiça.Para que isto não ocorra, propõe-se o monitoramento por aparelho adaptado ao corpo. É o preço que o condenado por sentença definitiva pagará para ter o direito de ficar na privilegiada condição de preso domiciliar. É alto o preço? Não, de forma nenhuma. Não se deve levar a sensibilidade de um condenado a um extremo que resulte na total ausência de efetividade da pena imposta. Ir ao extremo de glorificar um condenado, tão em moda recentemente, fere o princípio da razoabilidade.Na parte da apreensão de bens, outra proposta inovadora. Abrir-se-ia a possibilidade de venda antecipada do bem apreendido, depositando-se a oferta e devolvendo-se ao acusado no caso de improcedência da ação.Aí há um conflito entre a teoria e a prática. Teóricos, afeitos a discussões acadêmicas distantes da realidade, dirão que há ofensa ao princípio da presunção da inocência. Práticos responderão que uma visita a qualquer Fórum Criminal do Brasil revelará dezenas, centenas ou milhares de bens apreendidos, que ali ficam por anos, deterioram-se, ocupam espaço caro e representam um risco de furto. Sem falar de casos mais graves, como o de Foz do Iguaçu (PR), que tem a maior área de bens apreendidos do mundo. Com quem ficar? Com a solução prática, lógica e efetiva, ou seja, a alienação antecipada. Em suma, esta nova iniciativa do CNJ é uma esperança de uma Justiça Criminal mais ágil. Deixemos os devaneios filosóficos, tão a gosto dos juristas brasileiros, e partamos para a busca de efetividade. Sem medo de errar. Não há outro caminho.
O hotsite dos V Jogos Nacionais da Magistratura está no ar. Os magistrados já podem se inscrever, acompanhar a programação e os locais em que os jogos serão realizados, conferir os hotéis conveniados, modalidades, o novo regulamento e todas as novidades. Além disso, os resultados gerais dos Jogos de 2008 estão disponíveis para visualização. As inscrições vão até o dia 7 de maio.Para mais informações sobre o evento e inscrição de equipes, os magistrados devem entrar em contato com Elis Ribeiro, da Amapar, pelo telefone (41) 3017.1624 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..Para obter informações relacionadas ao regulamento dos Jogos, os interessados devem entrar em contato com Sheila, da AMB, pelo telefone (61) 2103.9013 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..ModalidadesEsta edição dos Jogos inova ao incluir as modalidades disputadas em duplas. Voleibol de areia (masculino e feminino), futevôlei masculino, pebolim (masculino e feminino) e truco. Se não houver, no mínimo, duas duplas femininas para o voleibol e pebolim, as competições poderão ser disputadas com times mistos.Nas modalidades a seguir, apenas os magistrados ou magistradas poderão participar: futsal masculino, voleibol de areia (masculino e feminino), futevôlei masculino, xadrez, tênis de mesa (masculino e feminino), sinuca e tiro esportivo. Já as modalidades em que os dependentes e cônjuges podem competir são voleibol (masculino e feminino), basquete (masculino e feminino), pebolim (masculino e feminino), truco, natação e atletismo.As provas de natação poderão ser disputadas nas modalidades 50m nado livre (masculino e feminino), 50m peito clássico (masculino e feminino), 50m nado costas (masculino e feminino), 50m borboleta (masculino e feminino), 100m nado livre (masculino e feminino) e 4x50m nado livre (masculino e feminino). O atletismo contará com as provas de 100m rasos (masculino e feminino), 200m rasos (masculino e feminino), 400m rasos (masculino e feminino), 800m rasos (masculino e feminino), 1.500m rasos (masculino e feminino) e 4 x100 m rasos (masculino e feminino).As provas de natação e atletismo terão as categorias Livre (todas as idades), Master (a partir de 38 anos, completados no ano do evento) e Sênior (a partir de 48 anos, completados no ano do evento). Caso não seja possível formar o time de revezamento 4x50m nado feminino, a prova poderá ser realizada com time misto – dois atletas de cada sexo.Outra novidade desta edição é a Corrida Rústica Internacional Três Fronteiras, que, além dos atletas brasileiros, contará com a participação de convidados da Argentina e do Paraguai. O grupo percorrerá 10km na Rodovia do Parque Nacional das Cataratas.Os atletas podem participar de quantas modalidades desejarem, desde que estejam inscritos pela mesma associação. Porém, é de inteira responsabilidade do participante atentar para os horários e locais dos jogos, pois nenhuma prova será remarcada ou atrasada devido a possíveis choques de horários.Competições em separado para os filhos dos magistrados nos esportes de dupla e individual poderão ser realizadas, dependendo do número de interessados e a critério da Comissão Organizadora. Se houver, as provas terão premiação própria, não contando para o quadro de medalhas dos jogos.Faça a sua inscrição e não perca o maior evento esportivo da magistratura!Clique aqui para acessar o hotsite.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai debater nesta segunda-feira (15/03), a partir das 11h, no plenário do CNJ, a aplicação da Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) que criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Para medir a efetividade da lei, o CNJ elaborou um Manual de Rotinas e Estruturação dos Juizados Especiais que será apresentado nesta segunda-feira e ficará disponível para receber sugestões dos juízes dos juizados especializados em violência doméstica e familiar por 30 dias. Faz parte do manual uma tabela processual unificada que vai garantir a uniformidade na coleta de informações sobre o andamento dos processos nos juizados. Veja aqui a programação."Dessa forma, vai ser possível ter um levantamento mais detalhado e fiel sobre os processos, inclusive das eventuais condenações", afirmou a conselheira Morgana Richa que preside a Comissão de Acesso à Justiça e Cidadania do CN. Esse é o tema da IV Jornada da Lei Maria da Penha que será aberta pelo corregedor Nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, no plenário do Conselho. O evento conta também com o apoio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e da Secretaria de Reforma do Judiciário, do Ministério da Justiça.Durante a IV Jornada da Lei Maria da Penha, a conselheira Morgana Richa falará sobre o funcionamento das 43 Juizados da Violência Doméstica e Familiar contra a mulher espalhados pelo Brasil. Atualmente, há 192.226 processos em andamento abertos com base na Lei Marinha da Penha. "Esse é um processo que precisa de continuidade e, como o CNJ estabeleceu 2010 como o ano da Justiça Criminal, o combate à violência contra a mulher está dentro deste contexto", afirmou a conselheira.A palestra de abertura será proferida pela ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que fará um "Panorama da evolução jurisprudencial a partir da Lei Maria da Penha". Às 14h, a juíza auxiliar da presidência do CNJ, Maria da Conceição Silva Santos, apresentará os benefícios que o Projeto Integrar trouxe às mulheres a partir da melhoria do funcionamento dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.A Lei - Sancionada em 7 de agosto de 2006 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei 11.340/2006 introduziu avanços significativos no combate à violência contra a mulher. A lei aumentou o tempo de prisão dos agressores e eliminou o pagamento de cestas básicas como forma de punição. Outra medida importante com a edição da lei é o fato de que o agressor pode ser preso em flagrante ou ter sua prisão preventiva decretada. A proteção às mulheres foi ampliada nos casos de violência física, psicológica, patrimonial, sexual e moral.
Foi de 9,83% o índice de abstenção de candidatos na prova escrita discursiva do 54º concurso público para provimento de 40 vagas do cargo de juiz substituto. Dos 339 convocados, 33 não compareceram nesta fase realizada no domingo (14), na Escola Superior da Magistratura de Goiás (Esmeg). O secretário do concurso Hernany César Neves de Oliveira considerou o índice normal “uma vez que 71% dos candidatos são de outros Estados, ficando Goiás com apenas 29%”.Hernany César observou também que cada um dos examinadores fará a correção da questão que elaborou e, após a aferição das notas, será marcada sessão pública para identificação das provas, quando então será divulgado o resultado, previsto para o mês de abril. “Somente os candidatos aprovados participarão da próxima etapa, que prevê elaboração de uma sentença penal e outra cível”, ressaltou o secretário.A comissão examinadora do concurso, composta pelos desembargadores Leandro Crispim (presidente), Camargo Neto e Luz Cláudio, além dos juízes Wilton Müller e Carlos Alberto França e do advogado Felicíssimo de Sena, esteve presente em tempo integral durante a realização da prova escrita discursiva. A desembargadora Amélia Martins de Araújo, representando a comissão de Seleção e Treinamento do Tribunal de Justiça de Goiás também marcou presença.
O boletim informativo dos julgamentos da 100ª sessão ordinária do Conselho Nacional de Justiça – que aconteceu nos dias 9 e 10 de março – já pode ser consultado. Em destaque, o Plano de Gestão e do Manual Prático de Rotinas para o Funcionamento de Varas Criminais e de Execução Penal, com resoluções administrativas e propostas que serão encaminhadas para apreciação do Congresso Nacional.Os conselheiros rejeitaram a proposta que buscava restringir o afastamento de magistrados para o exercício da presidência de associações de classe. A Lei Orgânica da Magistratura, em seu artigo 73, inciso III, assegura expressamente a permissão para que o magistrado possa se afastar de suas funções para o exercício das diversas tarefas na presidência de entidade de classe, independentemente de sua abrangência ou número de associados.A AMB apresentou memoriais, subsidiando os conselheiros na análise da relevância de assegurar a dedicação dos presidentes na tarefa de representar os magistrados. Na sessão, os conselheiros decidiram ainda que o TJ/MT deve arquivar o procedimento disciplinar instaurado em face de magistrado que se recusou a transcrever audiência criminal para instruir recurso. A exigência não deve prosperar, determinou o Conselho.Confira aqui a íntegra do Boletim.
A Veja desta semana traça em reportagem o perfil do novo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, eleito na última semana pelos colegas da corte. Peluso toma posse no dia 23 de abril, no lugar do ministro Gilmar Mendes, que tem perfil completamente oposto ao seu. A gestão de Mendes foi marcada por declarações polêmicas e forte atuação no CNJ. Já Peluso é visto como um típico juiz à moda antiga. É discreto em relação à vida pessoal e também na vida profissional.“Os ministros do STF elegeram como próximo líder da corte o reservado Cezar Peluso, um magistrado de reconhecida formação intelectual, que prefere o silêncio ao holofote”, diz o texto assinado pela jornalista Sofia Krause.Leia a reportagemO menino Antonio Cezar Peluso sempre foi o primeiro da classe no Seminário São José, no interior de São Paulo. Disciplinado, persistente e corintiano, estudava para ser bispo quando crescesse. A vida conduziu-o por outro caminho, no qual encontrou Lúcia (sua mulher até hoje), o curso de direito e, ato contínuo, sua verdadeira vocação: a magistratura. Quarenta e quatro anos depois, ele será presidente do Supremo Tribunal Federal – o topo e a consagração da carreira para qualquer juiz.O paulista Peluso tem 67 anos, os últimos sete consagrados à lida no STF, por indicação do presidente Lula. Na semana passada, obedecendo à tradição de escolher seu líder pelo critério da antiguidade, os ministros do Supremo ratificaram o nome de Peluso para comandar a corte pelos próximos dois anos. Com o cargo, vem também a presidência do Conselho Nacional de Justiça, o prestigioso CNJ, que cresceu em importância nos últimos tempos ao jogar luz nos porões corruptos dos tribunais estaduais e estabelecer metas de produtividade para os juízes. Peluso, o ministro que fala pouco, produz muito e almoça no bandejão servido aos funcionários do Supremo, terá o desafio de substituir Gilmar Mendes, o ministro que não hesitava em emparedar quem confrontasse a corte – e que usou com competência a plataforma do cargo para fortalecer a Justiça.Gilmar Mendes entrega o comando do Supremo a Peluso em 23 de abril. Nos dois anos em que esteve à frente do cargo, o ministro ajudou a consolidar a corte como contraponto democrático à fragilidade do Congresso diante da força do Executivo. Daí surgiu o chamado "ativismo" do Supremo, que ocupou o vácuo deixado pelos parlamentares, sempre mais envolvidos com emendas e cargos do que com leis e debates. Nesse período, o STF tomou decisões formidáveis, como liberar o uso de células-tronco em pesquisas científicas, acabar com a autoritária Lei de Imprensa, que vigia desde a ditadura militar, e tentar pôr fim à infidelidade partidária. Peluso assume o comando num momento em que mais casos polêmicos se avizinham: o julgamento da legalidade das cotas raciais nas universidades e do casamento de homossexuais.Peluso tem envergadura jurídica e altivez de espírito para liderar esses difíceis processos. Ele já demonstrou essas virtudes quando foi convocado a dar sua opinião. Entre outros casos, relatou o processo contra o terrorista italiano Cesare Battisti, no qual seu denso voto a favor da extradição prevaleceu – embora, ressalve-se, Lula ainda possa deixá-lo no Brasil. Quem conhece Peluso faz apenas uma advertência: a maior virtude dele pode vir a ser um percalço. Pela natureza polêmica dos casos que tramitam na corte, Peluso terá de contrariar sua índole, deixar o silêncio e sair em defesa do Supremo. Diz um dos ministros mais influentes do STF: "A corte estará em boas mãos. Peluso é um grande juiz. No entanto, deverá se adaptar às exigências do cargo. Não se pode liderar o Supremo em silêncio".
"Qual área a ASMEGO deve dar prioridade nesta gestão?" Esta pergunta é tema da nova enquete que está disponível em nossa página, na internet.Participe! Dê a sua opinião.Em nossa última enquete publicada aqui no portal da Asmego, perguntamos: "Você concorda que as pensionistas da ASMEGO tenham direito a voto nas eleições da Associação?"O resultado da votação foi o seguinte:Não > 65,38% (119 votos)Sim > 31,32% (57 votos)Não tenho opinião formada a respeito > 3,30% (6 votos)
A ASMEGO firmou convênio com a empresa Soares Ortoclínica que presta serviços de ortodontia e ortopedia facial. Pelos termos do contrato, os associados da ASMEGO são isentos do pagamento da primeira consulta. Outra vantagem é o custo do tratamento mensal ortodôntico e/ ou ortopédico que foi fixado em R$ 100. Para ver o contrato na íntegra, clique aqui.
Já estão abertas as inscrições para a quinta edição dos Jogos Nacionais da Magistratura. Leia o regulamento da Comissão Organizadora, faça sua inscrição e prepare-se! As disputas acontecerão de 26 a 30 de maio, em Foz do Iguaçu. Este ano os magistrados poderão disputar novas modalidades, como voleibol de areia (masculino e feminino), futevôlei masculino e pebolim. Para se inscrever, acesse o hotsite clicando no banner dos Jogos. O hotsite concentra todas as informações sobre o evento, como os hotéis conveniados, os complexos esportivos que sediarão os Jogos e curiosidades sobre Foz do Iguaçu. Participe.Clique aqui para fazer sua inscrição.
Será realizada no dia 18 de março, às 11h, no Plenário do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a cerimônia de lançamento da sétima edição do Prêmio Innovare. Neste ano, a iniciativa tem como tema central “Justiça sem Burocracia”. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, integra a comissão julgadora do prêmio.O projeto busca identificar, premiar e disseminar práticas inovadoras que mostrem a eficiência, alcance social e desburocratização de processos jurídicos, aumentando a qualidade da prestação jurisdicional e contribuindo com a modernização da Justiça brasileira. Podem se inscrever membros do Ministério Público, magistrados, defensores públicos, advogados e tribunais de todo o Brasil.São parceiros do prêmio o CNJ, a Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), a Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep), a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e as Organizações Globo.As inscrições para a premiação podem ser feitas até o dia 31 de maio pelo site www.premioinnovare.com.br.
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) terá 45 dias para providenciar a locação de prédio adequado para a instalação das Varas de Fazenda Pública, atualmente em funcionamento na garagem de um prédio alugado. A decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi tomada na 100ª sessão plenária, Na última terça-feira (09/03), em Brasília. Por unanimidade, os conselheiros julgaram procedente o pedido feito por Ari Ferreira de Queiros e outros titulares das Varas. No mesmo processo, os conselheiros indeferiram o pedido de afastamento do desembargador aposentado Antônio Nery da Silva de coordenador de obras do TJGO, por entender que a escolha de ocupante de cargo comissionado é de livre nomeação e exoneração, sendo matéria de ordem administrativa.Os requerentes alegam que as Varas de Fazenda Pública foram transferidas do edifício do Fórum para que no mesmo espaço fossem instalados os gabinetes de três novos desembargadores, mas o novo local escolhido não tem condições de abrigar as varas removidas com o respectivo pessoal, em função de riscos iminentes de desabamento, além de o local ser insalubre e não possuir acessibilidade para portadores de necessidades especiais, idosos e gestantes.O relator do processo, conselheiro Leomar Barros, reconhece que os tribunais têm competência de decidir e realizar atos administrativos que digam respeito à organização de seus serviços judiciários, mas "esta assertiva não é absoluta", pois no caso específico, o CNJ deveria se manifestar, "uma vez que se verificado os problemas apontados no referido imóvel e nada for feito, pode ocorrer, inclusive, a interrupção ou uma má prestação jurisdicional, o que deve ser evitado tanto pelos tribunais como por este Conselho no exercício de suas atribuições constitucionais".Ao relator, o Tribunal de Justiça de Goiás informou que foi contratada a empresa de engenharia Hirata e Assis Associados S/C Ltda para elaborar um laudo de vistoria estrutural e verificar as verdadeiras condições do prédio.Apesar dos problemas apontados, a perícia informou que a edificação foi construída dentro das normas técnicas e que dentre os problemas verificados está o excesso de peso sobre a estrutura, acima daquele dimensionado no cálculo estrutural, mas que as deformações encontradas não comprometem a estrutura do prédio, mesmo assim a disposição dos móveis foi mudada e foram providenciados alguns reparos como a recuperação de trincas nas lajes e a substituição do concreto deteriorado.
A família de Ilzaete Milhomem de Souza, a Dona Zazá, viúva do juiz Joaquim Pereira de Souza e mãe do juiz Mateus Milhomem de Sousa, convida para uma celebração em Ação de Graças pelo seu período de vida e à alegria que dedicou àqueles que a conheceram. A celebração será realizada no dia 15, às 19h30, na Igreja Sal da Terra, na Rua 90, 470, Setor Sul, em frente ao Verdurão, 36249885, www.saldaterrago.comPara ler o texto escrito em homenagem a Dona Zazá, clique aqui.
Foi assinado na quarta-feira (10) pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, desembargador Paulo Teles, expediente alterando a substituição automática na comarca de Anápolis, referente ao Decreto Judiciário nº 1.802, de 19 de agosto de 2009, que passou a vigorar da seguinte forma: juiz titular da Vara da Fazenda Pública Estadual, substituto automático, juiz da Vara da Fazenda Pública Municipal, de Registros Públicos e Ambiental; juiz titular da Vara da Fazenda Pública Municipal, de Registros Públicos e Ambiental, substituto, juiz da Vara da Fazenda Pública Estadual; 1ª Vara de Família e Sucessões, substituto, juiz da 2ª Vara de Família e Sucessões; e juiz titular da 2ª Vara de Família e Sucessões, substituto, juiz da 1ª Vara de Família e Sucessões.E, ainda, juiz titular da 1ª Vara Cível, substituto, juiz da 2ª Vara Cível; juiz titular da 2ª Vara Cível, substituto, juiz da 1ª Vara Cível; juiz titular da 3ª Vara Cível, substituto, juiz da 4ª Vara Cível; juiz titular da 4ª Vara Cível, substituto, juiz da 3ª Vara Cível; juiz titular da 5ª Vara Cível, substituto, juiz da 6ª Vara Cível; juiz titular da 6ª Vara Cível, substituto, juiz da 5ª Vara Cível; juiz titular da 1ª Vara Criminal, substituto, juiz da 2ª Vara Criminal; juiz titular da 2ª Vara Criminal, substituto, juiz da 1ª Vara Criminal; juiz titular da 3ª Vara Criminal, substituto, juiz da 4ª Vara Criminal; juiz titular da 4ª Vara Criminal, substituto, juiz da 3ª Vara Criminal; juiz titular do 1º Juizado Especial Cível, substituto, juiz do 2º Juizado Especial Cível; juiz titular do 2º Juizado Especial Cível, substituto, juiz do 1º Juizado Especial Cível; juiz titular do 3º Juizado Especial Cível, substituto, juiz do 4º Juizado Especial Cível; juiz titular do 4º Juizado Especial Cível, substituto, juiz do 3º Juizado Especial Cível; juiz titular do 1º Juizado Especial Criminal, substituto, juiz do Juizado da Infância e Juventude; juiz do Juizado da Infância e Juventude, substituto, juiz do 1º Juizado Especial Criminal.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai encaminhar ao Congresso Nacional um pacote de sugestões para alterar o Código de Processo Penal. Entre elas, o monitoramento eletrônico dos presos do regime semiaberto, a negociação da pena, o pagamento de fiança em todos os crimes e a concessão de incentivo fiscal às empresas que contratarem presos ou ex-detentos.As mudanças, que dependem da aprovação dos parlamentares para entrar em vigor, fazem parte do Plano de Gestão para Funcionamento de Varas Criminais e de Execução Penal.O CNJ defende que o preso em regime semiaberto seja transferido para o regime domiciliar desde que concorde com o monitoramento eletrônico. Já as empresas que contratarem detentos ou egressos do sistema prisional poderão reduzir as contribuições sociais incidentes sobre a folha de pagamentoOutra proposta que será enviada ao Congresso prevê o pagamento de fiança para toda espécie de crime, especialmente os mais graves e de ordem financeira, como lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, contra o sistema financeiro, e de corrupção. De acordo com o CNJ, a fiança deve assegurar à vítima direta, o que inclui o Estado, o ressarcimento pelo menos de parte do prejuízo.Segundo o conselheiro Walter Nunes, o CNJ propõe uma revisão do papel da fiança no sistema jurídico brasileiro. Hoje, damos um tratamento mais rigoroso para os crimes menos graves, que são os afiançáveis. O que precisamos estabelecer é que a fiança seja uma contracautela para todo e qualquer crime, inclusive os hediondos. Não é que, a partir de agora, ele vai pagar uma quantia de dinheiro e ficar em liberdade, explicou.O plano aprovado na terça-feira (9/3) pelo CNJ também garante o direito de voto aos presos provisórios, o que já foi introduzido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas regras das eleições deste ano, e a realização de videoconferência para tomada de depoimento de acusados e testemunhas.A resolução permite que, de uma vez por todas, a gente implemente essa nova tecnologia. Não há necessidade da transcrição em papel do depoimento que foi prestado. Os juízes criminais vinham fazendo isso, mas aqui e ali um tribunal mandava que o juiz fizesse a degravação. Nessa regulamentação, o CNJ deixa claro que nenhum membro do tribunal pode obrigar o juiz a degravar o depoimento, afirmou Nunes.