O Brasil Justiça desta semana vai falar sobre a Reforma Política, um assunto que vem sendo discutido no Congresso há mais de 20 anos e, de acordo com a presidente Dilma Rousseff, será prioridade em seu segundo mandato. Para falar sobre esse tema e também o Seminário República - Impasses da Democracia Brasileira que será promovido pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o Brasil Justiça desta semana recebe o presidente da entidade, João Ricardo Costa.Na entrevista, João Ricardo fala que a Reforma Política deve ser mais abrangente do que específica. “É importante que se comece com pontos fundamentais, como o financiamento privado de campanhas. No momento que superamos isso, acabarmos com essa influência do capital nos interesses políticos da sociedade brasileira, vamos dar um grande avanço. O restante é consequência”, diz.Outro destaque do Brasil Justiça é o Seminário República que será realizado em 21 de novembro, no centro de convenções do Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada, em Brasília. O evento contará com a participação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do senador Vital do Rêgo, entre outras autoridades. No programa, o presidente da AMB convida a população fazer a inscrição no email Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou pelos telefones (61) 2103-9027 // 2103-9044 – com os funcionários Lucinalva ou Dângello.Ainda no programa, você confere no quadro Vida de Juiz o depoimento do desembargador Eladio Lecey, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). O magistrado conta como foi a sua trajetória profissional até ingressar na magistratura. Já no quadro Ser Juiz, vamos saber como é trabalhar em Mato Grosso. A declaração é da juíza Gabriela Knaul, relatora especial para a Independência de Juízes e Advogados.Participe do nosso programa. Mande sua sugestão para o e-mail Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo.. Conheça o canal do Brasil Justiça no Youtube.Veja aqui os programas anteriores.Exibições: Inédito: Sexta-feira (14), às 19h30Reapresentações: Sábado, às 6h30Segunda-feira, às 22hTerça-feira, às 6hFonte: AMB
Entidades afirmam que manifestação de Alexandre Kalil desonram a história do clube de futebol e achincalha o Poder JudiciárioA Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE), a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (ANAMATRA) vêm a público repudiar as declarações do presidente do Clube Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, realizadas no dia 11 de novembro, na rede social Twitter, contra o Juiz Federal André Gonçalves de Oliveira Salce, titular da 26ª Vara Federal de Belo Horizonte.Ao xingar e ameaçar o Juiz Federal por conta de decisão judicial proferida em desfavor do Clube Atlético Mineiro, Alexandre Kalil ofende o Poder Judiciário como um todo e desonra a história do centenário clube de futebol que atualmente preside.É inadmissível que o direito à crítica assegurado pela Constituição brasileira descambe para a prática de crimes contra o magistrado, que nada mais fez que cumprir fielmente seu dever de decidir um pedido formulado pela Procuradoria da Fazenda Nacional em processo de execução fiscal.A atitude irresponsável de achincalhar o Poder Judiciário numa rede social incita a população ao descumprimento das ordens judiciais, ao desrespeito às autoridades legitimamente constituídas e ao próprio Estado Democrático de Direito.As associações que subscrevem esta nota esperam que o atual presidente do Clube Atlético Mineiro seja responsabilizado civil e criminalmente pelas ofensas ora praticadas.Brasília, 12 de novembro de 2014.Antônio César BochenekPresidente da AJUFEJoão Ricardo dos Santos CostaPresidente da AMBPaulo Luiz SchmidtPresidente da ANAMATRA Fonte: Ajufe
Evento será realizado entre 29 de abril e 3 de maio em João Pessoa (PB)Estão abertas as inscrições para os VII Jogos Nacionais da Magistratura. Entre 29 de abril e 3 de maio de 2015, João Pessoa (PB) será palco do evento que contará com 13 modalidades: atletismo, basquete, futevôlei, futsal, natação, pebolim, corrida rústica de 5 e 10 mil metros, sinuca, tênis de mesa, tiro, vôlei de praia (duplas), vôlei de quadra e xadrez.“João Pessoa tem todas as condições exigidas para sediar os jogos, inclusive, se destaca no quesito turismo. Sem dúvida, será um grande evento que cumprirá seus objetivos, além das disputas esportivas, a confraternização, o investimento na saúde do magistrado e a participação da família”, explica o diretor de Esportes da AMB, José Flores.São esperados cerca de 700 participantes. Para não ficar de fora, é bom se programar com antecedência.Inscrições podem ser feitas aqui.Fonte: Ascom/AMB
O encerramento do Seminário República – Impasses da Democracia Brasileira será marcado pelo lançamento, no próximo dia 21, em Brasília, do livro da juíza Andréa Pachá, que trabalha no Rio de Janeiro e compõe a Diretoria Cultural da AMB. Intitulada Segredo de Justiça, a publicação é um complemento ao meu primeiro livro da magistrada, chamado A vida não é justa.“São histórias de ficção, narradas a partir da observação dos muitos conflitos que assisti, durante 17 anos, como titular em uma Vara de Família. São histórias sensíveis, algumas tristes, outras bem-humoradas e que revelam a nossa dificuldade, como magistrados, para lidar com as expectativas de justiça no fim de um relacionamento”, diz Andréa.Em entrevista à AMB, a juíza fala não só da publicação como da importância do Seminário República. De acordo com ela, a AMB é e sempre foi uma instituição catalizadora das grandes questões nacionais. “Discutir os princípios republicanos é afirmar que os magistrados estão comprometidos e integrados com as demais instituições na preservação da ética, da eficiência, das liberdades”, destaca.O livro contém 46 crônicas inspiradas em histórias relatadas em seus quase 17 anos de atuação em Vara de Família. Que tipo de histórias estão relatadas e quais a senhora pode contar?Segredo de Justiça é um complemento ao meu primeiro livro de ficção chamado A vida não é justa. São histórias de ficção, narradas a partir da observação dos muitos conflitos que assisti, durante 17 anos, como titular em uma Vara de Família.Embora as tragédias e os dramas sejam repetidos, cada casal experimenta, individualmente, a experiência da dor intensa do fim do amor. São histórias sensíveis, algumas tristes, outras bem-humoradas e que revelam a nossa dificuldade, como magistrados, para lidar com as expectativas de justiça no fim de um relacionamento.Rupturas surpreendentes, paixões avassaladoras, reencontros, conflitos de guarda, pensão, partilha, enfim, um material extremamente rico e humano e um espaço, na Justiça, onde quase todos os cidadãos, em algum momento da vida, se encontram.Tratam-se casos de família reais ou fictícios? Qual o objetivo de expor essas histórias?Todos os casos são ficção, embora a experiência da observação tenha sido preciosa para as crônicas. No fundo, somos todos personagens ou narradores das histórias que vivemos ou que observamos. Pirandello (Luigi Pirandello, dramaturgo, romancista e poeta siciliano) diz que somos todos quantos os que nos veem. Nada mais rico para a dramaturgia e para a literatura do que a densidade do afeto em um momento-limite.Contar essas histórias foi uma maneira que encontrei de organizar minhas angústias, como juíza, para lidar com relações tão complexas. Antes da magistratura, eu trabalhei como roteirista e como produtora de teatro e esse foi também um caminho para reunir esses saberes que são essenciais para a afirmação da nossa humanidade.A senhora relata casos bem-humorados e contados por outros colegas de profissão. Pode resumi-los?Depois que lancei meu primeiro livro, colegas apareceram contando histórias inusitadas e que merecem ser reproduzidas.Uma delas, especialmente divertida, veio de um colega amazonense e revela o abismo que há entre a linguagem que nós falamos e a linguagem que os nossos jurisdicionados compreendem.Aliás, a AMB tem um belíssimo projeto de Simplificação da Linguagem Jurídica, que precisamos retomar. Nada melhor para nos aproximar da sociedade do que criar canais eficientes de compreensão.Qual a importância do Seminário República promovido pela AMB?A AMB é e sempre foi uma instituição catalizadora das grandes questões nacionais. O exercício da magistratura não deve se limitar a questões importantes da corporação, mas, acima de tudo, se ocupar de mecanismos que fortaleçam a democracia e a independência dos poderes, que são questões vitais para a cidadania.Discutir os princípios republicanos é afirmar que os magistrados estão comprometidos e integrados com as demais instituições na preservação da ética, da eficiência, das liberdades.Veja aqui mais informações sobre o Seminário República.Fonte: AMB
Desembargador José Roberto Nalini, presidente do TJSPMagistrado aborda o aumento da litigância no Brasil em artigo publicado no ConjurO Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, desembargador José Renato Nalini, assina artigo no portal Consultor Jurídico em que analisa o aumento do número de ações na Justiça e a necessidade de investimento em outras formas de soluções de conflitos.José Renato NaliniO Brasil ingressou no século XXI como se fora um imenso tribunal. Quase 100 milhões de processos estão em curso, pelos 97 tribunais do país. É como se toda a população litigasse, o que nos garantiria o ranking da nação mais beligerante sobre a face da Terra.Há quem ache saudável esse fenômeno: vive-se uma Democracia! Há juízes para ouvir todos os reclamos. Ampliou-se o acesso à Justiça. Hoje ninguém se constrange de estar em juízo.Mas essa não é a única leitura. Será que todos os problemas humanos precisam ser levados à apreciação de um juiz? As pessoas se deram conta de que litigar nem sempre é a melhor solução? E porque isso é preocupante?O Brasil escolheu um modelo muito sofisticado de Justiça. Talvez porque também possui mais faculdades de Direito do que a soma de todas as faculdades de Direito do planeta! Resultado disso é que elaboramos um sistema de cinco Justiças: duas comuns — Estadual e Federal — e três especiais: Trabalhista, Militar e Eleitoral. E de tanto apreço ao duplo grau de jurisdição — a possibilidade de reexame daquilo que já foi decidido — chegamos ao quádruplo grau de jurisdição: os processos começam no juiz singular, passam por um dos Tribunais de 2ª instância — TJ, TRT, TRF, TRE, TJM — chegam a uma terceira instância — STJ, TSE, TST, STM — e, não raro, atingem uma 4ª instância: o Supremo Tribunal Federal, cúpula do Poder Judiciário.Isso faz com que os processos possam durar de 10 a 20 anos para a solução definitiva. Ao menos em parte, porque depois pode começar outra luta com a execução da decisão. E um número enorme de processos termina com julgamento meramente procedimental. Não se chega ao âmago do conflito, mas a resposta é processual.Consequência desse quadro é que o equipamento estatal encarregado de dirimir controvérsias cresce a cada dia, torna-se burocratizado, pesado e custoso. O povo é quem suporta esse gasto. Mas vai chegar um dia em que a sociedade não terá condições de sustentar uma estrutura que é atravancada e lenta. Soterrada de questões que poderiam ser efetivamente solucionadas à mesa do diálogo. Mediante um protagonismo que a cidadania não tem no Judiciário.Embora o direito processual chame a parte, eufemisticamente, de sujeito, na verdade ela é um objeto da vontade do Estado-juiz. O litigante não tem condições de narrar, perante o juiz, tudo aquilo que o atormenta e que o levou a juízo. A cena judiciária é técnica, formalista, não admite espontaneidade. Não é raro que o interessado sequer entenda o que aconteceu com sua demanda, quando a solução é meramente formal, procedimental ou processual. Daí a insatisfação generalizada em relação ao funcionamento da Justiça. Precisamos reverter esse quadro.A começar dos advogados, que obtiveram tratamento muito especial por parte do constituinte de 1988. A advocacia é essencial à administração da Justiça: artigo 133 da CF/88. Mas administração da Justiça não significa, inevitavelmente, ingressar em juízo. A formação jurídica é anacrônica. Obedece aos padrões de Coimbra que, ao ser transplantada para o Brasil, quando da fundação das duas primeiras faculdades (1827), por D. Pedro I — São Francisco e Olinda — já era modelo superado. Inspirara-se na Faculdade de Bolonha, criada no ano 800...Por isso é que a primeira resposta para qualquer problema é propor uma ação. E se o processo é considerado, pela ciência jurídica tradicional, a maneira mais civilizada de se resolver o conflito, nem por isso é a mais rápida, a mais simples e a menos dispendiosa.Precisamos renovar a cultura jurídica. O advogado já tem dois deveres em seu Estatuto, que impõem priorizar a conciliação e dissuadir seu cliente a ingressar com lides temerárias. Ou seja: enfrentar as dificuldades do processo, com a quase certeza de que não conseguirá o reconhecimento de seu direito.Por isso, temos urgência em estimular todas as fórmulas de solução de problemas que prescindam da intervenção do juiz. Elas já existem. O Tribunal de Justiça de São Paulo incentiva a criação de CEJUSCS, centros de conciliação extrajudicial e de cidadania, agradece aos advogados que implementam em suas comarcas o projeto OAB Concilia, propôs a mediação, conciliação e negociação a cargo dos cartórios extrajudiciais e aplaude a criatividade que, em cada município paulista, mostre à população de que, assistida por advogado, ela pode resolver mais rápida e eficazmente as questões de desinteligência convivencial.Isso, não apenas para aliviar o Judiciário de carga excessiva de processos, da qual não dará conta e isso é constatável ao se verificar o reclamo de quem espera longos anos para obter uma solução, que nem sempre é aquela pela qual o injustiçado aspira. Mas o principal é, com o auxílio do advogado, que deve ser um profissional da prevenção, da conciliação, da pacificação e da harmonização, despertar na cidadania a vontade de assumir as rédeas de seu destino. Quando as pessoas aceitam dialogar, orientadas por seus advogados, e chegam a um acordo legítimo passam a entender o que realmente ocorre. Compreendem, ao menos em parte, o ponto de vista contrário. E se chegam a acordo — transigindo parcialmente de suas pretensões — este ajuste é mais assimilado do que a decisão judicial.O juiz, por mais boa vontade que tenha em acertar, é sempre um terceiro, um estranho, a vontade do Poder Judiciário a intervir na vida privada das pessoas. Enquanto que a conciliação é a participação direta do interessado no encaminhamento da solução. Se a cidadania aprender a negociar, a conversar, a acertar seus interesses no diálogo com o adverso, aprenderá a participar da Democracia prometida pelo constituinte: a Democracia Participativa, que fará do Brasil uma Nação com a qual sonhamos e temos o direito de sonhar.É esse exame de consciência e essa reflexão que esperamos surta efeitos em cada município deste magnífico, esplêndido, pujante e complexo Estado de São Paulo.Fonte: Conjur (com Assessoria de Comunicação da ASMEGO)
Hoje, 95 milhões de processos tramitam na Justiça (Foto: Ascom/AMB)Fundação Getúlio Vargas aponta que nove, em cada dez consumidores, buscariam o Judiciário para exigir seus direitosO Judiciário é o caminho mais procurado pela sociedade na resolução de conflitos. É o que revela pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito SP), que mede anualmente o Índice de Confiança na Justiça brasileira (ICJBrasil). Atualmente, 95 milhões de processos tramitam no país.A pesquisa da FGV destaca que, embora a população aponte problemas no Judiciário, a maioria declara que “certamente” procuraria a Justiça para a resolução de seus conflitos. Nos casos hipotéticos relativos ao direito do consumidor, nove em cada 10 entrevistados disseram que, se adquirissem um produto com defeito e o fornecedor não o reparasse, entrariam com um processo na Justiça.Também de acordo com o estudo da FGV, 88% seguiriam o mesmo caminho caso tivessem conflitos na área de direito de família e relações de trabalho. Para o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), João Ricardo Costa, apesar de o estudo apontar uma queda no índice de confiança da sociedade em relação ao Poder Judiciário nos últimos quatro anos, a utilização da Justiça na resolução de conflitos é crescente.A pesquisa mostra, por exemplo, que 45% dos entrevistados declararam ter algum residente em seu domicílio que ingressou com alguma ação judicial e 50% dos que utilizaram a Justiça tiveram o seu problema resolvido.A morosidade do Judiciário também é um dos principais problemas destacados pelos entrevistados. “Apesar do processo de modernização que vivemos e da maior consciência dos direitos dos cidadãos resultar na geração de conflitos de massas, a organização do Judiciário ainda está calçada em um modelo tradicional, o que favorece a morosidade e, consequentemente, a má avaliação da sociedade”, afirma o presidente da AMB.Costa destaca, ainda, que a insatisfação da sociedade com a eficiência na prestação dos serviços pela magistratura vem de um arcaico sistema recursal que permite mais de 80 recursos em uma mesma ação. “O uso excessivo de recursos impossibilita que os juízes apresentem melhores resultados perante a crescente demanda da sociedade por seus serviços. É necessário rever, urgentemente, uma legislação compatível com a demanda do nosso tempo. A estrutura atual jamais será suficiente para atender adequadamente os anseios da sociedade brasileira e combater a morosidade”, defende.Ao todo, a FGV entrevistou 7.176 moradores de oito unidades da Federação: Amazonas, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.Fonte: Ascom/AMB
Sistema prisional brasileiro: falênciaNa investigação relacionada à operação Lava-Jato, MP lançou a proposta como forma de abrandar penas de executivos. Falhas no sistema penitenciário foi o principal argumento para que a Corte da Itália negasse extradição de ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique PizzolatoNa negociação de acordos de delação premiada e leniência com empreiteiras envolvidas na operação Lava-Jato, o Ministério Público lançou uma proposta arrojada: a exigência de construção de presídios como condição para abrandar penas a executivos e empresas citados no esquema de pagamento de propinas em obras da Petrobras.Conforme interlocutores que acompanham as conversas, procuradores sugeriram essa contrapartida como forma de solucionar duas questões ao mesmo tempo. Primeiro, as empresas restituem aos cofres públicos, com a realização de grandes obras, parte do dinheiro que teria sido desviado da estatal.Segundo, contribuem diretamente para melhorar a situação precária dos presídios brasileiros - questão que se tornou uma pedra no sapato do Ministério Público Federal depois que a Corte de Bolonha, na Itália, negou a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Ele fugiu do país após ser condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no processo do mensalão.O desrespeito aos direitos humanos nas prisões brasileiras foi o único argumento mencionado pelos italianos para negar a extradição. O resultado gerou frustração no Ministério Público Federal, pois todos os argumentos jurídicos apresentados pela defesa de Pizzolato haviam sido negados pelos juízes - o que indicaria uma vitória dos procuradores brasileiros.A Corte de Bolonha rejeitou, por exemplo, a alegação da defesa quanto à ausência de um duplo grau de jurisdição (impossibilidade de recurso a uma corte superior), assim como questionamentos pelo fato de o processo ter corrido no Supremo Tribunal Federal (STF) mesmo para réus sem foro privilegiado, como o ex-diretor do BB.Mas foi uma questão estrutural que levou à derrota do Brasil. A defesa de Pizzolato chamou a atenção para a situação do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, onde motins violentos resultaram na morte de pelo menos 17 detentos desde janeiro. A Corte de Bolonha citou especificamente a morte, este ano, de dois detentos no presídio da Papuda, em Brasília - um dos locais indicados pelo Ministério Público para que Pizzolato cumprisse sua pena - para concluir pela falta de condições do sistema prisional brasileiro para receber um cidadão italiano. O ministro do STF Marco Aurélio Mello chegou a classificar a decisão como "uma vergonha" para os brasileiros.Foi nesse contexto que advogados das principais empreiteiras do país ouviram, de negociadores da Lava-Jato, a exigência de construção de presídios como possível cláusula de acordos para abrandar as penas do caso. Para as empresas, uma possibilidade seria converter parte do pagamento de multas em dinheiro na realização dessas obras. Para executivos, os acordos de delação podem resultar em regimes mais brandos de cumprimento de penas - em vez da prisão, por exemplo, poderiam prestar serviços comunitários.Como o Valor noticiou ontem, os acordos de delação premiada e leniência em negociação na Lava-Jato devem ultrapassar R$ 1 bilhão em multas a empreiteiras suspeitas de participação em atividades ilícitas. Parte desse valor poderia ser convertido na construção de presídios. Além de pagar altas quantias, as companhias terão que confessar a participação nas irregularidades e colaborar de maneira efetiva com as investigações. Atualmente, cerca de sete empresas participam das negociações.Segundo fontes ouvidas pelo Valor, as conversas ainda se dão informalmente e nenhum acordo foi concretizado ainda. Mas se o processo for adiante, será um acordo inédito no Brasil. Do lado das empreiteiras participam advogados, representando os executivos e as empresas. No Ministério Público, as negociações envolvem tanto o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como integrantes da força-tarefa da Lava-Jato que atuam diretamente na primeira instância, em Curitiba.Recentemente, o Ministério Público também passou a atacar o problema carcerário por meio de ações judiciais. A intenção é buscar formas de acionar os Estados, cujo problema carcerário é considerado mais grave que o do governo federal, para que implementem políticas públicas na área prisional.O STF ainda terá que decidir, entretanto, se o Ministério Público tem o poder de entrar com ações na Justiça para induzir a atuação dos Estados, inclusive com a construção de presídios. Os ministros também debaterão se o Judiciário pode obrigar esse tipo de ação por parte do Executivo. Em um processo envolvendo o Estado do Alagoas, o Ministério Público local conseguiu uma liminar para obrigar o governo a implementar medidas nesse setor. O Estado recorreu ao STF, reclamando de ingerência do Judiciário. Procuradores argumentam que não se trata de obrigar o Estado a formular política pública, mas a cumprir a Constituição.Fonte: Valor
Foto: Gláucio Dettmar/Agência CNJPresidentes dos tribunais de todo o País, reunidos no VIII Encontro Nacional do Poder Judiciário, deverão analisar nesta terça-feira (11/11) duas propostas de metas nacionais voltadas para a conciliação e o combate ao excesso de litigância. A informação foi divulgada no início da tarde desta segunda-feira (10/11) pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, durante a abertura do encontro, que está sendo realizado em Florianópolis (SC).Uma das propostas consiste em incrementar a atuação dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSCs), instituídos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2010 para a realização de audiências e sessões de conciliação e mediação. A outra proposta prevê a priorização do julgamento dos processos de grandes litigantes e de demandas repetitivas."Pretende-se, com isso, reduzir o acúmulo de processos relativos à litigância serial e tomar medidas que revertam a cultura de excessiva judicialização das relações sociais e permitam apenar a litigância protelatória", afirmou o ministro em seu discurso. As duas metas, se aprovadas pelos presidentes dos 91 tribunais brasileiros na plenária final do evento, deverão ser perseguidas pelo Judiciário no biênio 2015/2016.Em seu discurso, Lewandowski destacou ainda a importância de medidas voltadas para a conciliação, diante do aumento crescente da litigiosidade "que congestiona o Poder Judiciário". Segundo o ministro, as ações direcionadas à autocomposição, como a conciliação e a mediação de conflitos, fazem parte do "núcleo duro" da política pública judiciária implementada pelo CNJ.Entre as ações implementadas, o ministro destacou o Movimento pela Conciliação, criado em 2006, e a edição da Resolução no. 125, que institucionalizou a Política Judiciária Nacional de tratamento adequado dos conflitos de interesse e determinou a criação dos Núcleos Permanentes de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos e dos CEJUSCs. "Note-se, por tudo isso, que o CNJ tem atuado como grande propulsor do movimento pela autocomposição no Brasil, reunindo o Poder Judiciário, os jurisdicionados e a sociedade em torno dos objetivos de fomentar uma cultura do diálogo e da pacificação social", afirmou.A preocupação com a saúde de magistrados e servidores do Judiciário também será discutida durante o encontro, com a proposta de inclusão de uma diretriz estratégica nacional voltada para o tema.O VIII Encontro Nacional do Poder Judiciário acontece nesta segunda (10/11) e terça-feira (11/11) e reúne presidentes e corregedores dos tribunais de todos os ramos do Judiciário brasileiro, além de representantes de associações de magistrados. Ao final do encontro, os presidentes dos tribunais definirão as metas a serem perseguidas pelo Judiciário no próximo biênio."A construção e manutenção do diálogo entre CNJ, tribunais e conselhos, componentes da estrutura do Poder Judiciário, bem como com as associações de magistrados e servidores, é fundamental para viabilizar o compartilhamento de ideias e experiências. Além disso, é fator indispensável ao sucesso de um planejamento estratégico o estabelecimento de metas que, embora desafiadoras, sejam viáveis", afirmou o ministro Lewandowski. "É preciso fixar objetivos compatíveis com o potencial dos órgãos envolvidos, mas que demandem sempre a constante superação de seus limites", concluiu.Acesse a íntegra do discursoEm relação ao estabelecimento das metas, o presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), desembargador Nelson Schaefer Martins, destacou, durante o seu discurso, que o encontro servirá para que os integrantes do Judiciário discutam a adoção de medidas concretas para garantir maior celeridade à Justiça, incentivar métodos alternativos de conciliação, aprimorar a Justiça criminal, e priorizar as ações coletivas.Segundo ele, em 2013 cerca de 28 milhões de novos processos entraram na Justiça, o que dão conta da cultura de litigância que há no País e do protagonismo que deve ser assumido pelo Judiciário para melhor atender os cidadãos brasileiros. “Desejamos participar desse esforço em direção ao futuro da nação, compartilhamos o sonho de um Judiciário forte, unido, prestigiado, que possa colaborar com a construção de uma sociedade mais livre, justa e solidária”, concluiu o presidente do TJSC.Também participaram da abertura do evento a ministra Cármem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco Falcão, a corregedora Nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho e o presidente do TJSC, desembargador Nelson Schaefer Martins, entre outras autoridades.Fonte: CNJ
Foto: Gláucio Dettmar/Agência CNJO pesquisador norte-americano Jeffrey Apperson encontrou situações semelhantes nos tribunais dos 65 países que visitou nos últimos quatro anos. De um lado, a sociedade demanda cada vez mais julgamentos céleres enquanto o Judiciário enfrenta restrições orçamentárias, magistrados e servidores sofrem com carga de trabalho excessiva, recursos tecnológicos insuficientes e capacitação deficiente.Palestrante da conferência inaugural do VIII Encontro Nacional do Poder Judiciário, Apperson propôs, nesta segunda-feira (10/11), uma série de alternativas de gestão para o Judiciário reverter o quadro apresentado, assegurando acesso à Justiça e protegendo os direitos de forma igualitária para todos os cidadãos.Segundo o diretor-executivo da IACA (organização não governamental criada para o aperfeiçoamento da gestão dos sistemas de Justiça no mundo), o Judiciário precisa reorganizar seus recursos humanos entre o Primeiro e o Segundo graus para aumentar a eficiência da primeira instância. De acordo com as estatísticas mais recentes, 93% dos processos que aguardavam julgamento em 2013 na Justiça brasileira tramitavam no primeiro grau, o equivalente a 63 milhões de ações judiciais.As soluções não-processuais também devem ser estimuladas para reduzir a litigiosidade, segundo Apperson. "Na Austrália, por exemplo, as partes são obrigadas a buscar um acordo para seu conflito antes de levá-lo à Justiça. Assim, o juiz pode priorizar seu tempo para analisar e julgar os casos mais complexos", disse. Em 2015, as estatísticas da Justiça brasileira passarão a contabilizar o número de processos resolvidos por meio da mediação judicial assim como os acordos feitos entre as partes sem acionar a Justiça.Segundo o especialista, investir em Tecnologia da Informação (TI) no Judiciário ainda é um desafio para muitos países. "Temos de transferir processos atualmente conduzidos por pessoas para os computadores, automatizando o processo e tarefas que não demandam a atenção de um servidor", afirmou. Além disso, outro desafio universal é a falta de um corpo técnico especializado em gestão judiciária. "É muito importante construirmos capacidade profissional na área da gestão dos tribunais, com educação continuada para magistrados e servidores e pagamento adequado pela expertise obtida", afirmou.Apperson defendeu ainda o aperfeiçoamento de indicadores que balizem o orçamento do Poder Judiciário, conforme as particularidades do serviço prestado pelo Judiciário. "Precisamos alinhar o orçamento da Justiça à realidade dos tribunais, criando fórmulas para dimensionar o orçamento do Judiciário levando em conta as necessidades das cortes. Não basta demandar recursos orçamentários com base na quantidade de processos julgados. É preciso considerar também a complexidade das ações julgadas", destacou o especialista.O estudioso norte-americano citou ainda uma iniciativa realizada nos Estados Unidos para recuperar a credibilidade do Judiciário perante a sociedade: visitas de magistrados a escolas para explicar aos estudantes o funcionamento e a missão da Justiça.A corregedora Nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, que presidia a conferência inaugural do VIII Encontro, lembrou que a iniciativa já ocorre no Brasil. "No Brasil, inúmeros juízes explicam o Poder Judiciário nas escolas. Diria até que é uma prática antiga do Poder Judiciário brasileiro", afirmou. A ministra lembrou ainda a importância da educação continuada que acontece nas "operosas escolas da magistratura instaladas em todas os tribunais do País", concluiu.Fonte: CNJ
Foto: Gláucio Dettmar/Agência CNJO número de processos que tramitam na Justiça brasileira pode alcançar a marca de 114,5 milhões em 2020. De acordo com a projeção apresentada nesta segunda-feira (10/11) no VIII Encontro Nacional do Poder Judiciário, caso a quantidade de ações que entram na Justiça a cada ano siga superando a capacidade de julgar do Poder Judiciário, 36,37 milhões de novas ações judiciais serão propostas em 2020. Além disso, um estoque composto por outros 78,13 milhões de processos chegará ao início de 2020 sem julgamento. As projeções foram feitas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com base na tendência de crescimento da carga processual verificada entre 2009 e 2013. Ao longo dos últimos cinco anos, o número de processos novos cresceu 15% e a quantidade de ações não julgadas ao final de cada ano subiu 11,86%. A curva ascendente foi mantida apesar do esforço de magistrados e servidores, que fizeram a quantidade de processos baixados (resolvidos) aumentar 9% de 2009 a 2013. Segundo o conselheiro Rubens Curado, que apresentou o diagnóstico dos números do quinquênio, a situação da Justiça Estadual é mais grave. "O número de magistrados não aumentou na Justiça Estadual, que se encontra praticamente estagnada. A situação do Judiciário como um todo exige medidas urgentes para melhorar o serviço prestado aos jurisdicionados", afirmou.O diagnóstico de aumento permanente da litigiosidade justifica a manutenção das Metas 1 e 2, conforme a proposta que o CNJ submeterá nesta terça-feira (11/11) à avaliação dos presidentes dos tribunais que participam do VIII Encontro Nacional do Poder Judiciário, em Florianópolis (SC). Instituída pela primeira vez em 2010, a Meta 1 prevê que as cortes de todo o País julguem a mesma quantidade de processos judiciais que passaram a tramitar no ano, para atacar o estoque. Aprovada anualmente desde 2009, a Meta 2 estabelece que os tribunais priorizem o julgamento de ações antigas para assegurar o princípio da duração razoável do processo na Justiça e reduzir o estoque de casos não julgados. O VIII Encontro Nacional do Poder Judiciário termina nesta terça-feira (11/11), em Florianópolis. Fonte: CNJ
O presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), Ney Teles de Paula, definiu a data de 19 de novembro para a Sessão Extra Administrativa do Plenário que escolherá os novos dirigentes do TJGO para o biênio 2015/2017.Serão eleitos presidente, vice e corregedor-geral de Justiça. As eleições vão ocorrer às 10 horas, com a participação de 36 desembargadores.Fonte: TJGO
Luiz Silveira/Agência CNJCom o objetivo de proporcionar mais celeridade processual e racionalizar o sistema de decisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Comissão de Jurisprudência do órgão realiza estudos para propor enunciados que uniformizem o entendimento sobre temas já debatidos pelo colegiado. Até o fim do ano, a comissão deve levar as propostas de enunciados para aprovação em Plenário, aumentando o número de decisões que podem ser tomadas de forma monocrática, sem a necessidade de serem apreciadas pelos demais conselheiros.A comissão é formada por três conselheiros – Flávio Sirangelo, Maria Cristina Peduzzi e Paulo Teixeira – e tem o objetivo de pesquisar os temas repetitivos, uniformizar a jurisprudência do CNJ e elaborar as propostas de enunciados. Os enunciados funcionam de forma similar às súmulas nos tribunais superiores, que conferem mais agilidade ao julgamento de processos cujo tema já possui um entendimento consolidado nas Cortes.De acordo com o conselheiro Flavio Sirangelo, a comissão está em fase de coleta de temas e localização das decisões, e em duas semanas deve se reunir novamente para formalizar as propostas. “A ideia não é apenas conferir mais celeridade aos julgamentos, como também racionalizar o processo, viabilizando que o CNJ se dedique à sua atividade de órgão de governança, e não funcione somente como um tribunal administrativo”, diz o conselheiro Flávio.Atualmente, há 14 enunciados elaborados pelo CNJ. O primeiro deles, de 2008, trata do combate ao nepotismo no Poder Judiciário e o último, de maio de 2013, é sobre a obrigatoriedade de realização de concursos públicos pelos tribunais após a declaração de vacância dos cartórios. Desde que a composição atual de conselheiros do CNJ está em vigência, não houve nenhuma outra proposta de enunciado.Fonte: CNJ
Informações estarão disponíveis nos e-mails funcionais dos magistradosFoi publicado nesta sexta-feira (7), no Diário da Justiça Eletrônico, edital notificando os magistrados inscritos no processo de remoção e/ou promoção, decorrentes dos editais de provimento dos cargos de juiz de direito de comarcas de entrância intermediária, disponibilizados no Diário da Justiça Eletrônico, Edição nº 1.613, a tomar ciência das informações relativas a todos os concorrentes, facultando-lhes a impugnação no prazo de cinco dias, contado a partir da publicação deste edital.Segundo o expediente, as informações estarão disponibilizadas nos respectivos e-mail institucional do juiz.Fonte: Centro de Comunicação Social do TJGO
Presidente da ASMEGO, juiz Gilmar Coelho, diretor Levine Artiaga e juiz Antônio Araújo, presidente da Associação dos Magistrados do CearáPresidente Gilmar Coelho e diretor Levine Artiaga participaram do manifesto que reuniu cerca de 80 magistradosCerca de 80 magistrados fizeram hoje (7) na Bahia um manifesto pelas eleições diretas nos tribunais de Justiça. O movimento ocorreu no átrio do Fórum Ruy Barbosa, em Salvador. Um a um, representantes de entidades, líderes estaduais e magistrados baianos discursaram a favor da democratização do Poder Judiciário. Presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO), juiz Gilmar Coelho, e o diretor Institucional e Legislativo, juiz Levine Artiaga, acompanharam o manifesto.Organizado pela Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), o ato deu continuidade à campanha iniciada pela AMB, em conjunto com as entidades afiliadas, para exigir a participação dos juízes de primeiro grau na eleição dos dirigentes dos tribunais.A presidente da Amab, Marielza Brandão, enfatizou a importância dessa bandeira para a sociedade. “Estamos nessa luta para defender os direitos dos cidadãos de terem uma justiça mais célere e efetiva”, destacou.O coordenador da Justiça Estadual, Gervásio Santos, representante da AMB no ato, lembrou que os juízes estão no limite da capacidade de produção e que é necessário ampliar os recursos humanos e orçamentários do primeiro grau.De acordo com ele, essas distorções serão corrigidas apenas quando “cada juiz representar um voto” na escolha dos presidentes dos tribunais. Santos afirmou também que a reunião que sua pasta realiza hoje à tarde na capital baiana levará apoio aos juízes baianos, que envergaram hoje a bandeira de todos os magistrados brasileiros.Andrea Presas Rocha, da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho 5 (Amatra 5), afirmou que a morosidade do Judiciário tem caído invariavelmente nas costas dos juízes. E que Cerca de 80 magistrados participaram do ato público promovido pela Amab no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador (BA) é necessário mostrar para a sociedade a estrutura precária em que os magistrados são obrigados a trabalhar. Ela terminou o discurso, bastante enfático, com o grito de ordem: “Diretas já”. E foi muito aplaudida.As vozes que se ergueram elencaram as diversas razões e os caminhos para se estabelecer as eleições diretas. Para Fábio Aguiar Munhoz Soares, representante da Associação Paulista dos Magistrados (Apamagis), é preciso convencer os congressistas de que não é compreensível que os juízes, responsáveis por coordenar as eleições em todo o país, não possam eleger seus próprios dirigentes.Frederico Mendes Junior, representando a região sul, respondeu aos temores de que as eleições vão politizar o Judiciário. “A política já existe, mas só alguns podem participar”. De acordo com ele, por estar fora desse processo, o primeiro grau é esquecido ao se estabelecer as prioridades de investimento orçamentário.O presidente da Associação do Ministério Público do Estado da Bahia (Ambep), Alexandre Soares Cruz, questionou: “Qual a razão de não democratizar?”. E complementou: “Nada justifica a permanência desse quadro antidemocrático”.Fonte: Ascom/AMB e Assessoria de Comunicação da ASMEGO. Fotos: Ascom/Amab
O Prêmio Innovare, uma das mais importantes premiações da Justiça brasileira, escolhe nesta sexta-feira (7/11), no Rio de Janeiro, os 18 finalistas da 11ª edição. Este ano, com intuito de prestigiar as práticas mais votadas, os seis vencedores e os doze homenageados nas categorias Tribunal, Juiz, Ministério Público, Defensoria Pública, Advocacia e Prêmio Especial só serão conhecidos no dia 16 de dezembro, na cerimônia de premiação, no Supremo Tribunal Federal (STF). Disputam o prêmio 367 práticas.Este ano, todas as regiões do Brasil inscreveram iniciativas com o objetivo de aprimorar a qualidade e modernizar a Justiça. Nesta edição, a categoria Prêmio Especial, que desde o ano passado abriu espaço para a participação de todas as áreas do conhecimento, foi o grande destaque, com 111 práticas inscritas no tema “Sistema Penitenciário Justo e Eficaz”.Por cerca de três meses, as práticas receberam visitas técnicas de 17 consultores do Instituto Innovare, que avaliaram pessoalmente se as práticas já estavam sendo aplicadas, sua eficiência, eficácia e alcance.O Prêmio Innovare tem como objetivo principal incentivar e reconhecer boas iniciativas de magistrados, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público. Com relevância conquistada ao longo dos anos, algumas práticas do Innovare também foram recomendadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).O prêmio é uma realização do Instituto Innovare, da Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, da Associação de Magistrados Brasileiros, da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), da Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep), da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Associação Nacional dos Procuradores da República e da Associação Nacional dos magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), com o apoio das Organizações Globo.Fonte: CNJ
Evento promovido pela AMB será realizado em 21 de novembro. Inscrições estão abertasO presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, vai participar do Seminário República – Impasses da Democracia Brasileira, promovido pela AMB em 21 de novembro, no centro de convenções do Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada, em Brasília. Caminhos da República no Brasil é o tema da mesa-redonda que contará com a presença de Lewandowski, do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do senador Vital do Rêgo.Os participantes poderão fazer perguntas aos palestrantes durante o evento, que vai debater o papel dos movimentos sociais e dos três poderes na construção da República, a visão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre o tema e a Reforma Política.O presidente da AMB, João Ricardo Costa, será o mediador do evento, que terá início às 9h30. A primeira palestra será proferida pelo advogado criminalista e professor de Direito Penal da Universidade Federal do Paraná Juarez Cirino, a partir das 10h. Em seguida, das 11h30 às 13h, será a vez do ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB) José Geraldo de Souza falar sobre “A formação da República a partir dos movimentos sociais”.A programação à tarde começa às 14h30, com a mesa-redonda que vai discutir os Caminhos da República no Brasil. No encerramento, a juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) Andréa Pachá fará o lançamento do livro Segredos de Justiça, às 17h.Os interessados em participar já podem garantir a presença no email Este endereço para e-mail está protegido contra spambots. Você precisa habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou pelos telefones (61) 2103-9027 // 2103-9044 – com os funcionários Lucinalva ou Dângello. O prazo da inscrição será encerrado até o preenchimento das 200 vagas disponíveis.Fonte: Ascom/AMB
Com o objetivo de solucionar conflitos de forma rápida, promover a celeridade na Justiça e disseminar a cultura da conciliação, a pacificação social e o respeito entre as partes, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) realizará, de 24 a 28 de novembro, a 9ª Semana Nacional da Conciliação. A campanha nacional, idealizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e desenvolvida pelos tribunais brasileiros, ocorrerá no Estado de Goiás nos municípios de Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Caldas Novas e Rio Verde. Em Aparecida de Goiânia, o período de mobilização começará antes, a partir do dia 17 de novembro, somente no executivo fiscal.Destaque no cenário nacional, com o alcance de números relevantes de atendimento e acordos durante a Semana, o TJGO estima superar os índices registrados em 2013. Segundo o coordenador do evento, juiz Paulo César Alves das Neves, a expectativa é ultrapassar em 10% os números alcançados no ano passado, quando foram efetuados 54,5 mil acordos, o que significa que 91,8% das 59,3 mil audiências realizadas tiveram bom desfecho. Como esse resultado, o valor arrecadado foi superior a R$ 40,7 milhões.Entre as ações que serão encaminhadas neste ano para a Semana Nacional de Conciliação estão as consignatórias, revisionais, indenizatórias, execuções, cobranças, ordinárias, possessórias, seguros privados, ações de cobrança de DPVAT, divórcio, separação, guarda de menor, alimentos, reconhecimento de paternidade, entre outras passíveis de acordo, além de ações dos Juizados Especiais Cíveis.Estão previstas a participação de servidores do TJGO e instituições parceiras, juízes, promotores, defensores públicos, estagiários e mais de 300 conciliadores voluntários, que integram o cadastro do Tribunal em todo o Estado de Goiás. Para garantir conforto e agilidade no atendimento ao público, o TJGO e parceiros vão montar cerca de 270 bancas, guichês, salas e ambulatórios para diferentes atendimentos.GoiâniaLocal: Shopping Estação Goiânia – Av. Oeste, setor Marechal Rondon (próximo do Terminal Rodoviário de Goiânia)Estrutura: 65 bancas para ações judiciais cíveis, 40 guichês de atendimento para executivo fiscal (tanto judicial quanto pré-processual), 15 guichês de atendimento para débitos com a Saneago, além de uma sala reservada para atendimento do programa Pai Presente, com coleta de material para exames de DNA e sete ambulatórios para perícias médicas.Local: Fórum Desembargador Fenelon Teodoro Reis – Rua 72, 312, Jardim GoiásEstrutura: Seis bancas para ações judiciais de família.Local: Escola Superior de Magistratura (Esmeg) – Rua 72, 197, Jardim GoiásEstrutura: Nove bancas para ações pré-processuais de família, uma sala reservada para atendimento do programa Pai Presente, com coleta de material para exames de DNA.Local: Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) – Área 5 – Jardim GoiásEstrutura: Cinco bancas para ações pré-processuais de família e mediação familiar.AnápolisLocal: Faculdade Anhanguera – Av. Universitária, 683, CentroEstrutura: Será instalado um Centro Judiciário de Solução de conflitos e um Juizado Especial Cível, oito bancas para ações cíveis (inclusive DPVAT) e de família, 18 guichês de atendimento para executivo fiscal e Saneago, além de um ambulatório para perícias médicas e atendimento do programa Pai Presente.Aparecida de GoiâniaLocal: 1º Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (dentro do Fórum da cidade) – Av. Atlântica, esquina com Presidente Vargas, setor Goiânia Park SulEstrutura: Oito bancas para ações cíveis (inclusive DPVAT), família e juizados, 16 guichês de atendimento para executivo fiscal, três guichês para Saneago e um ambulatório para perícias médicas e atendimento do programa Pai Presente.Caldas NovasLocal: Fórum Municipal – Av. C, quadra 1A, setor Itaguaí IIIEstrutura: 18 bancas para ações cíveis (inclusive DPVAT), família e juizados, 15 guichês para atendimento de executivo fiscal e um ambulatório para perícias médicas e atendimento do programa Pai Presente.Rio VerdeLocal: Fórum Municipal – Av. Universitária, Quadra 07, Lote 12, setor Residencial TocantinsEstrutura: 19 bancas para ações cíveis (inclusive DPVAT), família e juizados, seis guichês para atendimento de executivo fiscal e um ambulatório para perícias médicas e atendimento do programa Pai Presente.Ficha Técnica9ª Semana Nacional da ConciliaçãoPeríodo: 24 a 28 de novembro – Goiânia, Anápolis, Caldas Novas e Rio Verde17 a 28 de novembro – Aparecida de GoiâniaMais informações: (62) 3216-2463 / 2464 / 2065Fonte: TJGO
Iniciativa é da Escola Nacional da Magistratura. Ao todo, 25 magistrados brasileiros participam do curso, que segue até sexta-feira, 7Cerca de 25 magistrados brasileiros estão no Condado de Lake, no estado americano da Flórida, participando do II Curso Internacional de Segurança para Magistrados. As atividades começaram segunda-feira (3) e vão até a próxima sexta-feira (7), totalizando 40 horas/aula.A iniciativa é da Escola Nacional da Magistratura (ENM), em parceria com a Academia de Polícia Americana. O juiz Clauber Costa Abreu, diretor da Secretaria de Convênios da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e titular da 15ª Vara Cível e Ambiental de Goiânia, representa a AMB/ENM no evento.Durante o curso, os magistrados participam de encontro de estudos em Direito Comparado com magistrados norte-americanos que atuam na Flórida. Além das aulas, serão realizadas visitas técnicas ao Centro de Detenção do Condado de Lake e ao Centro de Operações de Segurança da Corte de Orlando. O curso está credenciado junto à Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).Fonte: ENM