O desembargador Homero Sabino de Freitas, ex-presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (ASMEGO), será homenageado no próximo dia 9, às 9 horas, no Plenário da Câmara Municipal.A solenidade acontecerá durante sessão especial que será realizada naquela Casa, proposta pelo vereador Deivison Costa, em comemoração ao Dia Nacional da Justiça.Acesse aqui o convite.
O alto volume de trabalho e a falta de apoio para treinamentos e atualizações foram apontados por magistrados e servidores do Judiciário como os principais entraves para o bom funcionamento da Justiça brasileira.Na Pesquisa de Clima Organizacional realizada pelo Conselho Nacional de Justiça, 803 magistrados (90% de primeira instância) e 7.261 servidores responderam a perguntas que pretendem basear o planejamento estratégico do Judiciário.Para 80,3% dos magistrados, o volume de trabalho não permite que os processos sejam concluídos no tempo previsto na legislação. Para 48,1% dos servidores, o volume de tarefas é maior do que o possível de ser cumprido durante o expediente.A forma de lidar com a sobrecarga poderia ser melhorada a partir de cursos de atualização e treinamento, avalia o diretor de gestão estratégica do CNJ, Fabiano de Andrade Lima. Os incentivos a esse tipo de aperfeiçoamento, porém, são escassos.Mais da metade dos servidores (52,9%) reclamam da falta de treinamento. Para 45%, poucas vezes o órgão em que atuam favorece a realização de treinamentos necessários ao desenvolvimento do trabalho. Já 7,9% dizem que isso nunca acontece.Entre os juízes, 37,5% dizem que poucas vezes o órgão favorece a realização de treinamentos e 4% dizem que isso nunca acontece. Para Lima, isso explicita a "necessidade de rever os processos de trabalho da Justiça".A urgência de aprofundar a pesquisa em diversos pontos é salientada por Lima. Para ele, estes foram dados iniciais, que servirão para fazer um mapeamento mais profundo futuramente.Entre os pontos que precisam ser investigados está a segurança de magistrados. Para 77,5% dos entrevistados, as condições de segurança são ruins ou péssimas.O diretor de gestão estratégica do CNJ levanta a hipótese de a comoção com o assassinato da juíza Patrícia Accioli ter feito com que a questão da segurança estivesse em alta.Já entre os servidores, a percepção de segurança é melhor (64,6% estão satisfeitos). “Muito provavelmente porque eles não estão na linha de frente, emitindo ordens de prisão”, considera Lima.O CNJ agendou a próxima pesquisa nacional para setembro de 2012, para avaliar as mudanças ocorridas a partir dos resultados deste primeiro levantamento.
Começou às 20 horas desta segunda-feira (5) e segue até quarta-feira (7) o 2º Workshop da Infância e da Juventude, promovido pela Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás (CGJGO) com o apoio da Presidência, da Diretoria de Recursos Humanos e da Secretaria de Gestão Estratégica do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). O evento está sendo realizado na Estância Park Hotel, em Anápolis, com a participação de juízes e escrivães com competência na área da infância e da juventude, e, também, equipes multidisciplinares. Ao fazer a abertura da solenidade, a corregedora-geral da Justiça, desembargadora Beatriz Figueiredo Franco, agradeceu a presença de todos e disse ser, esse, um tema que considera dos mais tormentosos de suas atribuições.“As questões relacionadas à infância e à juventude somente não são piores que aquelas geradas no âmbito do sistema prisional porque, na infância, tem-se o apoio do setor privado”, comentou. “Infelizmente, não temos programas sociais, políticas públicas que venham a conter essa problemática. A CGJGO está, com essa iniciativa, buscando fazer sua parte, por meio de discussões saudáveis e da introdução de padronização das rotinas. Penso que já é um começo na busca por soluções para essa situação”, ponderou.Trabalho conjuntoSegundo a falar, o titular do Juizado da Infância e da Juventude (JIJ) de Anápolis e coordenador da Infância e da Juventude do Estado de Goiás, juiz Carlos Limongi Sterse, observou que os magistrados com competência na área trabalham em conjunto com escrivães e equipes multidisciplinares, razão pela qual esse evento foi pensado com esse formato: envolvendo os profissionais que atuam no universo da menoridade no âmbito do Judiciário, a fim de que desenvolvam suas atividades em conssonância uns com os outros.Como na primeira edição do workshop, Limongi afirmou que, sob a coordenação de Carlos Magno, equipes dos JIJs, CGJGO e TJGO resolveram tornar realidade o workshop, iniciando sua execução pela elaboração do Manual de Rotinas da Infância e da Juventude. “Levamos quatro meses para elaborar o manual, que será apresentado nesse workshop com vistas à padronização dos procedimentos. Fizemos o melhor que pudemos e acreditamos firmemente que ele provocará mudanças, para melhor, na prestação jurisdicional”. Ainda segundo ele, no processo de elaboração do manual, se desenvolveu enquanto magistrado atuante na área da Infância e da Juventude. “Como contei no primeiro workshop, descobri que também eu adotava práticas erradas”. Antes de finalizar seu discurso, Limongi lembrou que os juízes da área tem importante atuação junto às redes de atendimento à criança e ao adolescente. “Não estou pedindo para que aqueles que tem competências múltiplas deixem de trabalhar nessas áreas, mas para que priorizem a infância e juventude, porque quando trabalhamos aqui, com a criança e o adolescente, estamos trabalhamos como futuro”.Referência nacionalAfirmando que Goiás se destaca no cenário nacional em termos de valorização das questões ligadas à infância e juventude, o juiz-auxiliar da Presidência do Conselho Nacional da Justiça (CNJ), Daniel Issler, lembrou que esteve no Estado em julho de 2010, quando o CNJ iniciou o Medida Justa. “Foi o primeiro Estado em que trabalhamos. Visitamos todas as comarcas que tem unidades de internação e também as varas que tem por atribuição a fiscalização dessas unidades. Em outubro deste ano terminamos o restante do País”, relembrou, comentou que o Poder Judiciário goiano sempre tratou os representantes do CNJ com receptividade e disposição.“Não nos tomaram, aqui, como um órgão que fica apenas dando ordens para serem cumpridas, mas como um órgão que acompanha, orienta, apoia, de forma construtiva”, avaliou. Sobre o workshop, disse de sua satisfação com a iniciativa que, a seu ver, promove o aperfeiçoamento dos profissionais que estão “na linha de frente” dos trabalhos com a infância e a juventude. ” É isso que faz a diferença. Além da necessidade de recursos materiais – em termos de fóruns, informática – o apoio aos juízes e servidores para que possam exercer seu trabalho de forma eficiente é fundamental. Estou vendo isso em Goiás, essa percepção e disposição em trabalhar com o material humano, que é o mais importante na verdade”, afirmou.Pouca estrutura, muita dedicaçãoIdealizador do workshop, o 1º juiz-auxiliar da CGJGO, Carlos Magno Rocha da Silva agradeceu o apoio do presidente do TJGO, desembargador Vítor Barboza Lenza, ao projeto. “Quando o procuramos para falar do evento e de sua importância, fomos prontamente atendidos”, comentou. Também salientou, uma vez mais, o empenho de desembargadora Beatriz Figueiredo que, segundo disse “não poupa esforços quando o assunto é infância e juventude”.Para Carlos Magno, a ideia do workshop é fazer com que os debates, palestras, e cursos funcionem com uma argamassa para a construção de uma nova realidade. “Disse no primeiro workshop que sonho com isso, sei que não é fácil, mas continuo sonhando com uma melhor prestação jurisdicional para a infância e a juventude”, frisou. Para Carlos Magno ninguém passa impunemente pela área da infância e da juventude. “De alguma forma, nós juízes, o escrivão e o profissional da equipe multidisciplinar costumamos vivenciar situações que tocam, que nos levam a procurar fazer mais, apesar da falta de estrutura, de equipes técnicas, entre outros problemas comuns desse setor”.Afirmando que o manual é um avanço significativo e imenso, o 1º juiz-auxiliar da CGJGO disse que a Justiça goiana ainda pode e deverá fazer mais e melhor. “Espero que esses dias aqui sejam uma viagem boa, produtiva e construtiva no universo da criança e do adolescente. É com muita motivação que estamos nessa segunda etapa do workshop”. Carlos Magno foi aplaudido quando, antes de finalizar sua explanação, chamou a atenção do representante do CNJ para o fato de que os magistrados e servidores goianos, apesar de todos os problemas, são vocacionados, tem garra e enfrentam a realidade do poder judiciário com coragem, dedicação e competência. “A CGJGO tem atuado com um viés de orientação, pois este é o perfil da gestão de Beatriz Figueiredo. São muitas metas, e temos conseguido alcançá-las graças à boa orientação da Presidência do TJGO e da CGJGO”.Evento grandiosoFechando a solenidade, Vítor Lenza agradeceu a presença de todos e comentou: “esse workshop é um evento tão grandioso, que teve de se realizar em duas edições, pois não tínhamos condições de acomodar todos os participantes de uma única vez, tampouco poderíamos deixar as comarcas desguarnecidas”. Para o presidente do TJGO, o Manual de Rotinas da Infância e da Juventude é fundamental na medida que introduz métodos. “É importante que os profissionais lidem com rotinas uniformizadas para que se dê o encaminhamento adequado dos trabalhos. Lenza agradeceu os comentários de Daniel Issler sobre o destaque de Goiás no cenário nacional, afirmando que “os magistrados costumam ser sempre muito criticados, de modo que elogios são sempre muito bem vindos”. O presidente finalizou manifestando o desejo de que o encontro seja “bastante efetivo, um ponto de crescimento, onde as dúvidas sejam esclarecidas com os colegas mais experientes e que as vivências e depoimentos possam ser trocados de forma construtiva”.Também estavam presentes, na solenidade, o desembargador Paulo Teles; o 2º juiz-auxiliar da CGJGO, Carlos Elias da Silva; os juízes-auxiliares da Presidência do TJGO, Dioran Jacobina Rodrigues e Aureliano Albuquerque Amorim; presidente do Conselho Deliberativo da Asmego – no ato representanto seu presidente, Átila Naves Amaral – o juiz Gilmar Luiz Coelho; diretor institucional da Asmego, juiz Levine Raja Gabaglia Artiaga; diretor do Foro de Anápolis, juiz Marcus da Costa Ferreira; presidente da subseção da OAB de Anápolis, Antônio Heli de Oliveira; diretor-geral do TJGO, Stenius Lacerda Bastos; diretora de Recursos Humanos, Marcia Bezerra Maya Faiad; diretor de Administração e Operações da CGJGO, Leonardo Pereira Martins; diretora do Departamento de Planejamento da CGJGO, Eunice Machado Nogueira; titular do Juizado Regional da Infância e da Juventude de Santo Ângelo (RS) e coordenador da área de Direito da Criança e do Adolescente da Escola Nacional da Magistratura, juiz João Batista Costa Saraiva e o secretário do Desenvolvimento Social de Anápolis – no ato representando o prefeito municipal, Antônio Gomide – Francisco Ferreira Rosa.
No próximo dia 15, serão premiados aqueles que se destacaram na inclusão social e no combate ao crime organizado no Judiciário em 2011. A cerimônia de entrega do Prêmio Innovare, que este ano chega à 8ª edição, será realizada no Supremo Tribunal Federal às 11h.O prêmio tem a função de "identificar, premiar e disseminar" práticas inovadoras de tribunais, juízes, integrantes do Ministério Público, defensores públicos e advogados que estejam melhorando e "contribuindo com a modernização" da Justiça brasileira.Em sua última edição, o Instituto Innovare concedeu a premiação especial ao Projeto Começar de Novo, do Conselho Nacional de Justiça, que promove a ressocialização, reinserção e reintegração social de ex-presidiários e de pessoas encarceradas ou submetidas a penas alternativas.Outras cinco iniciativas foram premiadas, com ações que vão da reorganização do Ministério Público à orientação da população ribeirinha sobre os direitos de quem é escalpelado nas embarcações utilizadas para navegação na região norte.Nas sete edições do prêmio, foram agraciadas 35 iniciativas. Os vencedores de cada categoria (Advocacia, Juiz, Ministério Público, Prêmio Especial, Defensoria Pública e Tribunal) recebem R$ 50 mil, troféus e placas de homenagens.
A Associação dos Magistrados do Estado de Goiás protocolou na tarde desta segunda-feira (5) expediente endereçado ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, desembargador Vítor Barboza Lenza, requerendo a publicação imediata dos editais de promoção/remoção de juízes para comarcas vagas.Segundo o expediente (protocolo n. 39239756), o cumprimento da medida se faz necessário tendo em vista o fim do prazo de 40 dias disposto no art. 1º, parágrafo 1º, da Resolução n. 106/2010 do Conselho Nacional de Justiça.
Bastante positiva e, sobretudo, produtiva. Assim ficou marcado o 1º Encontro Nacional de Diretores Culturais da AMB, que reuniu, entre os dias 1º e 3 de dezembro, cerca de 20 Diretores de Cultura de Associações estaduais, em Curitiba. O evento teve como proposta fortalecer o envolvimento dos Magistrados com o segmento e contou com a maioria das associações estaduais.“O encontro foi um marco nessa gestão que vai ter a cultura como uma de nossas iniciativas principais”, avaliou o Vice-Presidente de Assuntos de Cultura, Rosalvo Augusto Vieira. “Desde já, estamos empenhados em produzir ações envolvendo, cada vez mais, a AMB com o setor”, antecipou.Ao longo de três dias, os representantes discutiram temas que pudessem lançar novos rumos no campo cultural. E eles não perderam tempo já que foram debatidos nada menos do que nove projetos que estarão em andamentos nos próximos meses. São ações nas áreas de literatura, artes visuais e música, como o lançamento de duas coletâneas de poesia e contos, assim como a realização de três concursos também voltados às áreas de literatura e fotografia. Alguns desses trabalhos serão desenvolvidos a partir do tema que será adotado pelo Congresso Brasileiro de Magistrados, evento a ser realizado no mês de novembro de 2012, em Belém do Pará.“Atingimos o objetivo que foi criar uma pauta cultural para a AMB nos próximos meses, dentro de um espírito de irmandade e o que é melhor, com a participação de pessoas do mais alto nível”, adiantou o Diretor da Secretaria de Cultura, José Carlos Laitano. “Alguns projetos começam a ser desenvolvidos agora mesmo em dezembro, só estamos esperando ajustar alguns pormenores como a escolha do tema do Congresso de Magistrados”, detalhou o Diretor da Secretaria de Cultura da AMB.Para o Diretor de Assuntos Culturais da AMB, Luiz Fernando Tomasi Keppen, o encontro promoveu a harmonização de discursos e uma interação maior com os assuntos culturais de outras Associações estaduais. “Agora, tempos um projeto cultural para a AMB com várias ações”, disse. “A partir dessa troca de experiências, passamos a ter mais conhecimento das práticas culturais de outras Associações do País, tendo uma dimensão maior do que queremos planejar”, destacou.Confira os depoimentos:“O evento foi excelente, sobretudo, pela integração entre os Estados e a troca de experiências numa área importante para a Magistratura. Uma coisa que achei interessante foi a forma como foi pensada a programação cultural para os participantes, que casava com os temas debatidos nas reuniões. O que posso dizer é que teremos muitos trabalhos à vista”.Tricia Navarro Xavier, Diretora da Secretaria de Assuntos Culturais da Amages (Associação dos Magistrados do Espírito do Santo)“O encontro foi bastante rico, porque, através dele, tivemos contatos não apenas como os colegas de trabalho, como com a realidade de outros Estados que são bem diversas no âmbito da cultura, com suas diversidades e peculiaridades. A partir dessa experiência, teremos ferramentas para colocar em prática nossas ideias no futuro”.Fabiana da Cunha Pasqua, Diretora-Adjunta da Secretaria de Assuntos Culturais da AMB“Agora, tempos um projeto cultural para a AMB com várias ações”Luiz Fernando Keppen, Diretor de Assuntos Culturais da AMB“Alguns projetos começam a ser desenvolvidos agora mesmo em dezembro, só estamos esperando ajustar alguns pormenores como a escolha do tema do Congresso de Magistrados”José Carlos Laitano, Diretor da Secretaria de Cultura da AMB
O presidente do TJGO, desembargador Vitor Barboza Lenza, e o presidente do TRE-GO, desembargador Rogério Arédio Ferreira, foram agraciados, na sexta-feira (2), com o título de cidadãos vilaboenses. A solenidade foi realizada no Teatro São Joaquim, na cidade de Goiás, e teve a presença de diversos desembargadores e autoridades da cidade. O título foi oferecido pela Câmara Municipal, em homenagem e reconhecimento aos serviços prestados pelos magistrados na cidade.Aberta a solenidade, os vereadores Natal Antunes Camargo e Marcos Moreira de Paiva leram os currículos dos homenageados e fizeram considerações a respeito dos desembargadores. “É com alegria que essa cidade os recebe como cidadãos vilaboenses. O título é uma homenagem, mas vem carregado de obrigações. Esperamos que voltem à nossa cidade com frequência, divulguem a nossa cultura e assumam a defesa dos interesses de nosso município, como bem fazem”, comentou Natal Antunes. Em seguida, houve apresentação do grupo Seresteiros da Vila Boa, sob a regência de Sebastião da Silva Curado, que interpretou canções como Noites Goianas, entre outras.O prefeito Márcio Ramos Caiado enviou representante e, em discurso, salientou que a cidade se sente honrada com os novos cidadãos. “Nesse momento, não são vocês os homenageados, mas a nossa cidade. São os senhores que hoje nos fazem maiores, e é de homens retos e honrados como os senhores que nossos jovens precisam como exemplo”. Lenza falou em nome de Rogério Arédio e reforçou a emoção dos homenageados. “Já ultrapassamos quatro décadas de dedicação à magistratura e a cortesia e a maneira fidalga com que nos foi oferecido esse título nos emocionou muito”, destacou.Ao final, o presidente do TJGO anunciou que na segunda quinzena de janeiro deverá lançar as obras de expansão do fórum da cidade. “Aguardamos apenas o lançamento de fóruns das comarcas que ainda não possuem sede própria. Entendemos que seria mais justo dotar essas comarcas de casa própria antes de iniciarmos a expansão do prédio de Goiás, ainda que a necessidade seja grande”, explicou.
O juiz Leonardo Fleury Curado Dias, da 2ª Vara da comarca de Senador Canedo, foi designado pela Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), para, a partir desta segunda-feira (5) e até o provimento, responder pela comarca de Jandaia. Em outro ato, o Tribunal o revogou o Decreto Judiciário nº 3.082/2011 que designou a juíza substituta Tatianne Marcella Mendes Rosa Borges, lotada na comarca de Rio Verde, para responder pela comarca de Montividiu.
"Exigir o respeito e o cumprimento da Constituição brasileira não pode ser confundido com atitude inconsequente do tipo erro histórico político ou suícida", disse Nelson Calandra, presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) em resposta ao artigo do professor Joaquim Falcão, que criticou a medida do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de retirar as iniciais de 62 magistrados investigados do site do órgão. Para Calandra, "a magistratura fragilizada abre facilmente caminho para uma nova ditadura".Em agosto deste ano, a AMB ajuizou uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a resolução 135 do CNJ, que trata da uniformização de normas relativas ao procedimento administrativo disciplinar aplicável aos magistrados. A entidade defende a competência das corregedorias dos tribunais para apurar condutas irregulares de juízes. O caso ainda não foi decidido pelo STF (Supremo Tribunal Federal).Além da Adin, a entidade também requereu ao CNJ a retirada das iniciais dos magistrados que respondiam a processos disciplinares no órgão depois que a Corregedora nacional, Eliana Calmon, disse que 62 integrantes da magistratura eram investigados. Após o presidente do CNJ, Cezar Peluso, acatar o pedido, o ex-conselheiro Joaquim Falcão publicou um artigo criticando a medida, no jornal Correio Braziliense. Para Falcão, "acesso à informação sobre os magistrados é antes um direito da cidadania do que uma férrea proteção do magistrado".Calandra, entretanto defende que juízes tenham os mesmos direitos de responder a processos que pessoas comuns. "Por mais respeito que tenhamos com a Cátedra não podemos aceitar um "julgamento feito por noticias de jornais", alegou. Segundo ele, os juízes devem ter seus nomes ocultos até uma decisão definitiva da Justiça.Em entrevista exclusiva ao Última Instância, o presidente da AMB falou sobre a segurança de magistrados, a paralisação dos juízes federais e do Trabalho, e que caminhos o Judiciário deve tomar para dar maior celeridade e efetividade à Justiça.Veja a entrevista completa:Última Instância — A AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) questionou a competência do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para investigar e punir magistrados. Qual é a solução para os casos em que as corregedorias locais não atuam como deveriam?Nelson Calandra — O CNJ é um remédio que foi criado pelos próprios integrantes do Poder Judiciário que não olhavam pra si mesmos. A Adin não é contra o CNJ, mas contra as inconstitucionalidades que estão colocadas na resolução 135. O CNJ não é tribunal, é uma corte administrativa e não pode criar penalidades que não estão previstas em lei, como remoção compulsória. Buscamos junto ao Supremo adequar o CNJ à Constituição Brasileira para que ele funcione como remédio e não como veneno.Última Instância — Um artigo do professor Joaquim Falcão, da Fundação Getulio Vargas (Direito/Rio) e ex-membro do CNJ criticou duramente a AMB por ter solicitado a retirada dos nomes dos magistrados que estavam sendo investigados pelo órgão. O pedido, que foi aceito pelo presidente Cezar Peluso, pode ser considerado um retrocesso na transparência do atos do CNJ? Nelson Calandra — Acusam-nos de coorporativistas, mas na verdade estamos a defender não o juiz, mas o Estado Democrático de Direito, que só sobreviverá com magistrados independentes e possuidores de suas prerrogativas legais. A magistratura fragilizada facilmente abre caminhos para uma nova ditadura. Como está a mostra a história contemporânea em muito países da América Latina. Exigir o respeito e o cumprimento da Constituição brasileira não pode ser confundido com atitude inconsequente do tipo erro histórico político ou suícida.Última Instância — Qual a posição da AMB sobre a paralisação dos juízes federais e do Trabalho, organizada no último dia 30 de novembro?Nelson Calandra — A AMB abrange todos os magistrados do país e ficou deliberado que a entidade ia apoiar o movimento deflagrado pela Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) e Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho). Foi um dia de mobilização para chamar a atenção da opinião pública e das autoridades do país sobre as carências que passam o Judiciário.Última Instância — Quais são as principais reivindicações da carreira?Nelson Calandra — Os magistrados têm uma política de subsídio de revisão pela inflação nos dissídios. Todos os anos, temos que ficar passando o pires e, muitas vezes, contarmos com a má vontade do Poder Executivo em dar a reposição salarial. Pedimos uma reposição monetária de subsídio.Última Instância — Qual sua opinião sobre as metas estipuladas pelo CNJ para 2012/2013?Nelson Calandra — As metas para o Poder Judiciário têm que ser vistas como metas. Evidentemente que cada caso é um caso, e nem tudo que é traçado consegue ser cumprido. No TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), houveram colegas que não conseguiram atingir essas metas, e alguns até se aposentaram contrariados com a cobrança. Mas, elas representam um horizonte visível, mas é possível chegar até ela ou não. Porém, não há por parte do CNJ punição pra quem não atingiu a meta.Última Instância — E de que forma a Corregedoria deve fazer a separação entre não atingir uma meta e não manter a produção mínima?Nelson Calandra — A pessoa que não produz o mínimo necessário, dentro de um padrão que os próprios tribunais estabelecem, é chamada para dar explicações. No TJ-SP, onde atuo há mais de 30 anos, sempre que alguém não atinge uma meta mínima, é chamado pela Corregedoria para dar esclarecer o motivo. Isso é o que acontece de ordinário ou deveria acontecer em todos os tribunais brasileiros.Última Instância — A informatização do Judiciário vai trazer celeridade ao trâmite do processo ou isso é mito já que o Código de Processo continua o mesmo?Nelson Calandra — O Judiciário vivencia desafios do século XXI com ferramentas do século XX. A Justiça tem que se informatizar por inteiro, digitalizar seus processos, para poder dar maior velocidade nas suas decisões. Mas a informatização tem um lado perverso.Última Instância — E qual é o lado ruim da informatização?Nelson Calandra — Hoje o juiz despacha um processo de papel e enquanto o processo vai para o cartório e volta, ele ganha um tempo pra ir compreendendo a complexidade de uma demanda. Às vezes, o juiz nem está no foro, mas continua pensando no caso. E caso ele decida mudar de decisão, ainda dá tempo. Com o processo informatizado não haverá esse tempo. E a informatização também tem que acontecer na advocacia. Ouvi o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal) — que foi também o presidente da Comissão Especial de Juristas responsável pela reforma do Código de Processo Civil — dizer que em muitos lugares, onde as varas são informatizadas ocorre um congestionamento para chegar ao juiz.Última Instância — Parece que esse afunilamento dos processos no juiz já causa problemas. O CNJ abriu um grupo para estudar o motivo do aumento do número de magistrados doentes em decorrência da pressão. Qual sua opinião sobre essa situação?Nelson Calandra — A Universidade Federal da Paraíba fez uma pesquisa entre os juizes do estado e do Rio Grande do Norte, na qual constatou que os magistrados estão estressados no grau máximo, com 78%. E lá, as condições não são tão massacrantes como em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os juízes e as juízas são pessoas de muito brio profissional, e na medida em que saem notícias desabonadoras sobre a magistratura todos são tão atingidos. Como quando a Corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon se refere a uma minoria de magistrados que sofrem processos administrativos disciplinares. A pessoa se sente desanimada, desarvorada. Porque se fala e ofende toda uma categoria, e quando sai na rua, o juiz é afrontado e apontado. E além de tudo, o salário com perda da inflação de seis anos.Última Instância — O que o Poder Judiciário e as autoridades vêm fazendo para garantir a segurança dos magistrados?Nelson Calandra — Criei, dentro da AMB, uma secretaria voltada para a segurança dos magistrados. A composição dessa secretaria é formada por colegas com traquejo para lidar com violência, colegas da Justiça Militar e que atuam na Justiça criminal para orientar a magistratura a se defender. E com tudo isso, sofremos no dia 11 de agosto, um tapa na cara, que foi a morte da juíza Patrícia Acioli.Última Instância — O que aconteceu com Acioli é um fato isolado ou existem mais casos de ameaças?Nelson Calandra — Existem muitos juízes ameaçados. O juiz federal Odilon de Oliveira, que a mídia conhece, de Campo Grande já sofreu atentados, com bomba, tiro de metralhadora, seqüestro de filho, tudo que é possível.Última Instância — A PEC dos recursos vem sendo criticada por especialistas por exigir que a decisão seja cumprida antes do trânsito em julgado. Qual sua opinião sobre essa posição?Nelson Calandra — A PEC 15/2011, conhecida como PEC dos Recursos, traz a experiência de um magistrado, ministro Cezar Peluso que tem uma vida dedicada ao ensino do Processo Civil e a militância como juiz. No Rio de janeiro, na Fundação Getulio Vargas, ele mostrou que grande parte dos veredictos, especialmente em matéria penal, não são alterados no Supremo. Que a grande maioria dos recursos são do Ministério Público para agravar e aumenta a pena do réu. Até briga de galo, eu já vi o STF julgar. E assisti por mais de uma hora, o ministro Celso de Melo dar uma aula para dizer ao final que briga de galo é proibida no Brasil. O que todo mundo sabe, mas só vale depois que o STF disser que é verdade. O Supremo tem que ser reservado para questões de alta complexidade. O STF trabalhar com decisões que vão espalhar seus efeitos pra todo o país e não ficar decidindo casos no varejo.
Por ocasião do 1º Encontro Nacional de Diretores Culturais, realizado de 1º a 3 de dezembro em Curitiba, patrocinado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o presidente da ASMEGO, juiz Átila Naves Amaral, em visita ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, desembargador Miguel Kfuri, ouviu do dirigente do Judiciário paranaense os avanços daquele Tribunal não só quanto à implementação da simetria com o Ministério Público, mas também acerca da efetividade de direitos que devem nascer da própria iniciativa do Poder Judiciário. “Aqui no Paraná, já implementamos o auxílio livro, auxílio alimentação e a gratificação de férias de 50%, por meio de Resolução. A venda de férias, de licença prêmio e o auxílio moradia estão sendo examinados pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná”, salientou o desembargador Kfuri, que elogiou a estrutura dos juízes goianos que conta com dois assistentes, observando que no TJ do Paraná somente juízes da capital têm assistentes. O presidente da ASMEGO vai apresentar ao seu sucessor os avanços na política vencimental do TJ Paranaense, para que prossiga a luta no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. “Todos os direitos ali garantidos podem ser assegurados também à magistratura goiana que, aliás, já foram requeridos pela ASMEGO. Em Goiás, além das questões orçamentárias e financeiras, existe entrave de natureza cultural e ideológica que precisam ser superados junto à administração do TJ”, assinalou o Átila Amaral. Ainda segundo o presidente da ASMEGO, boa parte das medidas são implementadas por Resolução da Corte Especial, inclusive a gratificação de 50% referente a férias. “É um avanço, ressalta a autonomia administrativa e financeira do Judiciário e previne julgamentos preconceituosos por parte da opinião pública, especialmente em Goiás, onde o Poder Judiciário desgastou-se muito em 2011 em função de greves, mudança impopular do horário de trabalho e polêmicas quanto ao Fundesp", observou o presidente da Associação.Outro aspecto verificado no TJ do Paraná é a política de valorização dos servidores. “Para se ter uma idéia, um servidor em início de carreira no Paraná começa com salário inicial R$ 4.200,00 no seu contracheque” frisou Átila.
Terminou no último sábado (3), o 1º Encontro Nacional de Direitores Culturais da Associação dos Magistrados Brasileiros, realizado em Curitiba, no Mabu Royal e Premium Hotel, que contou com a participação do presidente da ASMEGO, juiz Átila Naves do Amaral e outros 20 magistrados de todo o País.O objetivo do encontro, que teve início no dia 1º, foi fortalecer o envolvimento das associações estaduais com atividades ligadas à cultura, a troca de experiências e o debate de projetos voltados para a área cultural.Modelo goianoCada estado apresentou um resumo das iniciativas da sua associação na área cultural. Representando o estado de Goiás, o presidente da ASMEGO mostrou as ações da Escola Superior da Magistratura (ESMEG): o Congresso Estadual, obras literárias de autoria dos magistrados goiano, e cursos oferecidos ao longo do ano, inclusive aqueles realizados pelo Tribunal de Justiça com apoio da Associação. Átila também apresentou a política de descentralização que a ASMEGO faz pelo interior do estado, sendo que várias associações pediram o modelo de Goiás e o reflexo desta descentralização no âmbito cultural.Os representantes dos demais Estados fizeram um relato de como a questão é encaminhada no âmbito de suas respectivas unidades federativas, sendo que o modelo do Rio Grande do Sul foi considerado o mais abrangente, até porque naquele estado a Escola da Magistratura é vinculada à Diretoria de Assuntos Culturais, que ficou de enviar a todas as associações o organograma daquele estado, para as devidas adequações e adaptações, já que é bastante completo e condizente com a valorização do papel da associação gaúcha, merecendo ser estendido para o restante do país.Planejamento 2012Sobre o planejamento das ações da AMB, discutiu-se o papel da área cultural no próximo Congresso Brasileiro da Magistratura, que acontecerá em Belém no ano que vem. Durante a reunião, ficou decidida a realização de exposição de artistas plásticos magistrados, com prévia seleção pelas associações estaduais. Haverá concurso de talentos tanto na área musical quanto para humoristas. A diretoria Cultural adiantou também para 2013 a realização de Congresso Internacional, possivelmente na Europa, já que o Encontro do Canadá, em 2010, foi um grande sucesso. O próximo encontro cultural da será realizado no segundo semestre de 2012 em Alagoas.Campanha pela valorização da magistraturaÁtila aproveitou a oportunidade para falar com Gil Guerra, presidente da Associação dos Magistrados do Paraná, e conhecer detalhes da campanha institucional de valorização da magistratura lançada pela AMAPAR naquele Estado, denominada Olhos Abertos. "A campanha se mostrou eficiente, sobretudo por esclarecer à sociedade o papel do juiz e seu cotidiano. De nossa parte, vamos reforçar esse propósito também no estado de Goiás", disse o presidente da ASMEGO.Ao final do Encontro, foi deliberado que cada representante de associação selecionará três projetos de destaques em cada área cultural, para serem expostos ou apresentados no 21º Congresso Brasileiro de Magistrados, que será realizado em novembro de 2012, em Belém.
Mais de 80% dos magistrados e 78% dos servidores que responderam à Pesquisa de Clima Organizacional realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sentem orgulho em trabalhar no Judiciário “sempre” ou “com freqüência”. Esse é um dos dados revelados por juízes, servidores e usuários que preencheram espontaneamente o formulário do estudo, no período entre 1º a 30 de setembro, no portal do CNJ.Apenas 2,1%, dos 803 magistrados que responderam à pesquisa, não se consideram satisfeitos com o trabalho. Mais de 90% dos formulários foram preenchidos por juízes de primeira instância. São Paulo (15,3%), Minas Gerais (14,2%), Pernambuco (7,8%), Paraná (6,6%) e Rio de Janeiro (6,4%) foram os estados com a maior participação deste público na pesquisa.Já 80,3% dos magistrados e 48,1%, dos 7.261 servidores que participaram da enquete, acreditam que o volume de trabalho não permite que os processos sejam concluídos no tempo previsto pela legislação. As instalações físicas foram consideradas adequadas por 48,1% dos juízes e 50% dos servidores. Gargalos - No total, magistrados e juízes responderam 28 perguntas sobre infraestrutura, relacionamento interpessoal, treinamento, estilo de liderança, tecnologia da informação, fluxos de trabalho e instalações físicas, entre outros. Os usuários, por sua vez, foram questionados sobre a qualidade do atendimento e dos serviços prestados. A partir desse diagnóstico, os tribunais podem eleger projetos prioritários para superar os gargalos apontados no ambiente interno. O resultado da pesquisa está disponível na internet apenas com dados gerais para não suscitar erros de interpretação na análise estadual. “Como a participação na pesquisa é voluntária, não temos como garantir a representatividade por estado. Vamos enviar para os tribunais os resultados gerados para que aprofundem o diagnóstico e proponham ações para sanar os problemas”, explicou o diretor de Gestão Estratégica do CNJ, Fabiano de Andrade Lima.O diretor cita o caso de Amapá e Roraima onde nenhum magistrado respondeu o questionário. “Para eles, os dados colhidos não representam a realidade local porque nenhum juiz que vive lá mostrou sua opinião”. Em setembro de 2012, o CNJ deve organizar a segunda edição da pesquisa para verificar se as deficiências apontadas em 2011 foram sanadas e identificar os próximos desafios.De acordo com Fabiano de Andrade Lima, o diagnóstico deve ser analisado com cuidado, levando em consideração a metodologia aplicada, para não criar cenários ilusórios. “Como a pesquisa dependia da iniciativa dos pesquisados, devemos estabelecer alguns filtros na análise”.Segurança - Ele citou como exemplo os dados sobre as condições de segurança no trabalho. Neste item, apenas 19% dos 803 juízes questionados as consideraram adequadas. “Temos que aprofundar essa informação para checar se o assassinato da juíza Patrícia Accioli, ocorrido um mês antes da pesquisa, não pode ter influenciado na sensação de insegurança dos magistrados ou se não há a segurança necessária para o exercício da profissão”, concluiu.Outro ponto que poderá ser trabalhado nos tribunais é a divulgação do planejamento estratégico para o público interno. Apenas 16,2% do universo de magistrados pesquisados revelaram levar em consideração o planejamento para suas decisões cotidianas. Outros 42,3% dos juízes e 40,4% dos servidores disseram que “poucas vezes” recebem informações sobre a gestão estratégica do órgão.A área de tecnologia da informação também teve bom desempenho na pesquisa com 59% dos magistrados e 60% dos servidores considerando-as adequadas.Estímulo - Entre os aspectos negativos, 45% dos servidores disseram que “poucas vezes” o órgão favorece a participação em treinamentos que melhorem o desempenho nas atividades diárias.Em contrapartida, 70% acham que as pessoas se relacionam bem “com freqüência” e 13,5% “poucas vezes”. Na relação com a chefia, 80,45% revelaram que os chefes contribuem para que o trabalho seja realizado e 90,9% afirmam que os gestores os tratam com respeito e cordialidade “sempre” e “com frequência”.Usuários – Das 18.708 pessoas que participaram voluntariamente da Pesquisa Satisfação, 47% se apresentou como advogado e 25% como parte de processos. Os usuários da Justiça (77,6%) reconhecem que os tribunais utilizam meios alternativos (internet, justiça itinerante e protocolo integrado) para facilitar o acesso aos serviços dos tribunais. Outros 71,3% dos usuários consideraram as instalações físicas limpas e organizadas.Cerca de 75% dos respondentes consideraram que os portais dos tribunais são de fácil acesso e 47,4% disseram ter facilidade em encaminhar sugestões, reclamações e dúvidas para os tribunais, mas 64,8% afirmaram que não recebem respostas em tempo hábil. Do total de usuários que responderam o questionário, 56,7% disse que o prazo legal para encerramento dos processos “nunca” é respeitado e 62,7% que as audiências “nunca” acontecem no horário marcado.
A ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), abriu, na manhã de ontem (2), o terceiro dia da 1ª Etapa das Jornadas Luso-Brasileiras – Passado, Presente e Futuro da Jurisdição. O evento foi realizado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF), em parceria com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). A ministra do STJ foi recebida pelo presidente do TJDF, desembargador Otávio Augusto Barbosa, e proferiu palestra sobre o “Futuro da Jurisdição”.Nancy Andrighi – que já foi juíza de direito do TJDF e está completando 35 anos de magistratura – destacou que há uma explosão de processos, e ponderou se o desafio maior é qualitativo ou quantitativo. "Estamos todos empenhados em saber qual é o verdadeiro papel do juiz, se julgar ou pacificar", questionou. Ela disse que "o juiz moderno não pode ser um simples técnico proferidor de sentenças", reiterando que a solução justa deve se adequar ao problema humano.Mais uma vez, a ministra lembrou que o mundo contemporâneo quer um juiz que desempenhe sua função e não apenas um técnico solucionador de conflitos. Ela ressaltou a necessidade de reflexão sobre o ato de julgar na futura jurisdição. Na opinião de Nancy Andrighi, o ato de julgar no momento atual de globalização exige também do juiz tempo para o estudo técnico dos processos. No futuro, poderá haver um corpo técnico ao qual os juízes poderão recorrer sempre que precisarem, para socorrê-los com informações sobre os aspectos científico e técnico das demandas.O futuro da jurisdição é o do trato coletivo, a adoção cada vez maior do processo coletivo, que passará a ser regra, limitando-se os individuais à exceção. "O futuro dos tribunais passa pela mediação e conciliação. É a humanização dos serviços judiciais", afirmou, destacando que "não haverá paz social se não houver paz jurídica". Para finalizar, a ministra lembrou as palavras de Peter Drucker: "A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo."Participaram do evento 18 juízes de oito países de língua portuguesa (Portugal, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Macau). Na quinta-feira (1º), os membros da delegação estrangeira fizeram uma visita ao STJ, onde foram recebidos pelo seu presidente, ministro Ari Pargendler. Também estiveram no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Começa nesta segunda-feira (5) e segue até quarta-feira (7), o 2º Workshop da Infância e da Juventude, promovido pela Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás (CGJGO). O evento é direcionado a juízes e escrivães com competência na área e equipes multidisciplinares. Como o primeiro, será realizado na Estância Park Hotel, localizada na BR-414, km 2, Sítios de Recreio Americano do Brasil, em Anápolis (GO), a 48 km de Goiânia. A cerimônia de abertura está marcada para as 20h e contará com a presença do presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), desembargador Vítor Barboza Lenza; da corregedora-geral da Justiça, desembargadora Beatriz Figueiredo Franco; do 1º juiz-auxiliar da CGJGO e coordenador do evento, Carlos Magno Rocha da Silva; do juiz titular do Juizado da Infância e Juventude de Anápolis, Carlos José Limongi Sterse; do juiz-auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Daniel Issler; do juiz-auxiliar da Corregedoria do CNJ, Nicolau Lupianhes Neto; da superintendente da Criança e do Adolescente da Secretaria de Estado da Cidadania e Trabalho (Sect), Luzia Dora Juliano Silva; além do prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, e do deputado estadual e presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, Carlos Antônio de Souza Costa. As atividades serão retomadas na terça-feira (06), às 8h30, com palestra da Coordenadoria da Infância e da Juventude, que será proferida por Carlos Magno e Carlos Limongi. Em seguida, às 9h, o juiz titular do Juizado Regional da Infância e Juventude de Santo Ângelo (RS) e coordenador da Área de Direito da Criança e do Adolescente da Escola Nacional de Magistratura (ENM), João Batista Costa Saraiva, ministrará palestra magna com o tema “Aspetos Infracionais e Medidas Socioeducativas em Meio Aberto e Fechado”. Na sequência, às 10h45, será realizada mesa redonda coordenada pelo juiz titular da Infância e da Juventude de Rio Verde (GO), Wagner Gomes Pereira. A discussão terá, como debatedores, Costa Saraiva, Daniel Issler, Nicolau Neto e o promotor de Justiça Carlos Alexandre Marques. Já no turno vespertino, a partir das 13h45, haverá apresentação de Boas Práticas na área da infância e da juventude. O fechamento dos trabalhos, neste dia, está previsto para as 18h30. A quarta-feira (7), começará com apresentação do Manual de Rotinas da Infância e da Juventude, às 8h30, conduzida por Carlos Magno e Carlos Limongi e direcionada a juízes e escrivães, enquanto as equipes multidisciplinares assistirão a palestra proferida pela equipe do Projeto Acolher, do Rio Grande do Sul (RS), representada, nesta edição, pela doutora em Direito de Família, Sylvia Baldino Nabinger, e a psicóloga clínica e jurídica, Verônica Stersen. Às 14 horas, os participantes se dividirão em três grupos. Escrivães serão apresentados a procedimentos de escrivania modelo, equipes multidisciplinares participarão de mini-curso sobre adoção e magistrados assistirão a painéis ministrados pela Sect, que explanará sobre “Distribuição das Vagas de Internação”, e pela CGJGO, com o tema “Relatos sobre Unidades de Acolhimento”. O diretor do Departamento de Inteligência da Informação da CGJGO, Antônio Pires, apresentará, às 16h, o Portal da Infância e da Juventude. A previsão é que o workshop termine às 17h.
O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Cezar Peluzo, designou o juiz goiano Éder Jorge para realizar inspeções no Complexo Prisional de Bangu, no Rio de Janeiro, em breve. Além desta, outras unidades prisionais da cidade poderão ser visitadas, se houver necessidade. O juiz atuou como um dos coordenadores no Mutirão Carcerário goiano e já participou de inspeções no Amapá, Maranhão, Paraná e Pernambuco.O CNJ designa juízes para realizar inspeções em cidades diferentes daquelas onde atuam, para que possam ter mais isenção e independência na hora de apontar os problemas referentes a execução penal e que afetam o Poder Judiciário.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal suspenderam liminarmente os efeitos dos dispositivos das Constituições do Piauí e do Maranhão que elevaram de 70 para 75 anos a idade para aposentadoria de juízes estaduais e demais servidores públicos estaduais e municipais. A decisão da maiorida dos ministros é desta quinta-feira (1º/12).Para o ministro relator da ADI contra a norma do Piauí, Ricardo Lewandowski, a norma é inconstitucional, pois a matéria encontra-se disposta no texto da Constituição Federal, estabelecendo aposentadoria compulsória do servidor público, incluindo-se os juízes, aos 70 anos. Segundo o relator, tal norma é de "observância compulsória" por parte de estados e municípios e de "absorção obrigatória" pelas Constituições estaduais.Por unanimidade de votos, os ministros concederam as liminares requeridas pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade contra dispositivos presentes nas Constituições do Piauí e do maranhão, de relatoria dos ministros Ricardo Lewandowski e Joaquim Barbosa, respectivamente.As liminares foram concedidas com efeitos ex tunc, ou seja, com eficácia retroativa. Apenas o ministro Marco Aurélio as concedia com efeitos ex nunc, o que quer dizer que a eficácia dos dispositivos só seria suspensa a partir do momento em que foi proferida a decisão. Tanto no caso da Constituição do Piauí quanto a do Maranhão, os dispositivos foram inseridos há pouco mais de um mês por meio de emendas constitucionais aprovadas pelas Assembleias Legislativas.PiauíAo proferir seu voto que contesta dispositivo da Constituição piauiense, Ricardo Lewandowski salientou a flagrante inconstitucionalidade da norma. "De forma expressa e taxativa, o comando legal da Constituição estende-se aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Percebe-se, portanto, que o dispositivo constitucional disciplina, de forma global, o regime de previdência dos servidores públicos vinculados às três esferas da Federação", salientou, acrescentando que "a Carta da República não deixou qualquer margem para atuação inovadora do legislador constituinte estadual".O ministro Lewandowski também salientou a ocorrência dos requisitos autorizadores da medida cautelar (plausibilidade do direito e perigo da demora) para suspender os efeitos da norma estadual. Para ele, a ADI tem “densa plausibilidade jurídica” e, com relação ao periculum in mora, o relator considerou “preocupante” o estado de insegurança jurídica em que se encontra a Administração Pública e o Poder Judiciário do Estado do Piauí."Com relação ao Poder Judiciário estadual, a permanência de magistrados com mais de 70 anos em pleno exercício jurisdicional poderá causar inúmeros questionamentos a respeito da validade das decisões judiciais por eles proferidas, das mais corriqueiras àquelas dotadas de maior repercussão. Além disso, o sistema de promoções na carreira também sofrerá impacto imediato", enfatizou o relator.MaranhãoO voto do ministro Joaquim Barbosa na ADI em que a AMB questiona dispositivo inserido na Constituição Estadual do Maranhão, semelhante ao do Piauí, foi no mesmo sentido. "Vislumbro a plausibilidade do direito, especialmente por violação aos artigos 24, inciso XII, e 40, parágrafo 1º, inciso II, da Constituição Federal. Vejo também o risco na manutenção desses dispositivos impugnados, que podem gerar grave insegurança jurídica, na medida em que poderão ser invocados — tanto o dispositivo da Constituição maranhense quanto o da Constituição Federal — para justificar a aposentadoria ou a permanência no serviço público de servidores que deveriam estar submetidos a um mesmo estatuto jurídico", salientou. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.ADI 4.696ADI 4.698
Durante o debate sobre a reforma política e eleitoral, promovido pelo Tribunal Regional eleitora de Goiás (TRE-GO) na cidade de Goiás, a vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Carmem Lúcia Antunes Rocha, destacou a atuação do judiciário goiano. De acordo com a ministra, a justiça goiana tem ótimo conceito perante o Judiciário nacional e os magistrados goianos são conhecidos nacionalmente pela boa produtividade e comprometimento com o lado social da profissão. “Sabemos do esforço dos magistrados goianos para promover maior celeridade processual e, com isso, promover a pacificação social”, disse, lembrando o resultado do Justiça em Números – estudo realizado pelo Conselho Nacional de justiça (CNJ), que aponta o 2º grau goiano como o de menor congestionamento processual do país.