O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) julgou improcedente o pedido de anulação dos efeitos de um comunicado da comarca de Vilhena, Rondônia, que restringe o acesso de pessoas ao Fórum em função dos trajes que vestem.A questão foi levada ao CNJ pelo advogado Alex André Smaniotto, inconformado com a proibição de entrada no fórum de pessoas com calção, shorts e bermudões, como também de bonés e chapéus.Na decisão desta terça-feira (12/05), o CNJ entendeu ser legal a determinação do Fórum de Vilhena em relação ao tipo de vestimenta exigida para transitar no órgão, visto que a norma respeita o bom senso e a razoabilidade, sem prejudicar o acesso dos cidadãos à Justiça. “A norma da comarca foi traçada de maneira genérica, mas flexível, não implicando discriminação nem vedação do acesso ao Judiciário. Por essa razão não encontrei ilegalidade no ato”, ressaltou o conselheiro e ministro João Oreste Dalazen, relator do Procedimento de Controle Administrativo (PCA nº 200910000001233). No processo, o advogado alega que presenciou uma pessoa “extremamente carente” ser impedida de entrar nas dependências do Fórum porque usava bermuda abaixo dos joelhos e camiseta surrada.Respeito - De acordo com o ministro Dalazen, a lei assegura ao magistrado o direito de zelar pelo decoro nos atos que estão sob sua jurisdição, como audiências e interrogatórios, entre outros. “É uma norma de respeito à civilidade que é adotada em todos os Tribunais Superiores”, destacou. Além disso, segundo o relator, ao contrário do que alega o advogado, não existem registros formais de pessoas que tenham sido impedidas de entrar no Fórum em decorrência do traje que estava vestindo.O ministro ressaltou que a decisão tomada pelo plenário do CNJ diz respeito apenas à legalidade do ato do juiz da Comarca de Vilhena e não à regulamentação da matéria por outros Tribunais. Dalazen reforçou, porém, que uma pessoa não pode ser impedida de entrar em um órgão do Judiciário se, por razões econômicas, estiver portando “trajes humildes”.O conselheiro Técio Lins e Silva, que apresentou voto de vista regimental, vencido, havia decidido pelo não reconhecimento do pedido alegando que não existe norma formalizada (portaria ou resolução) determinando a proibição de determinadas roupas para entrar no Fórum, apenas um papel fixado na entrada do órgão. Por esse motivo, o conselheiro entendeu não ser competência do CNJ julgar o caso. “Não há norma administrativa a ser submetida a controle. Não somos agência reguladora do vestuário nos tribunais”, disse o Lins e Silva.
Dando sequência no cronograma dos Encontros Regionais promovidos pela Asmego, a Associação promoverá, no próximo dia 29 de maio, sexta-feira, às 9h, o ENCONTRO REGIONAL DA REGIÃO SUDOESTE, que será sediado na comarca de Rio Verde, no Fórum local.O evento contará com a presença dos magistrados da região e do presidente da Asmego, Átila Naves Amaral.Mais informações sobre o Encontro serão divulgadas aqui.
Na última terça-feira, dia 5 de maio, a AMB ajuizou, no Supremo Tribunal Federal, mais três ações diretas de inconstitucionalidade (adins) contra dispositivos de leis dos estados da Bahia, Pará e Piauí que não têm observado a diferença salarial máxima de 10% entre entrâncias na magistratura. A Associação nacional entende que tais normas violam o art. 93, inciso V, da Constituição Federal, que, conforme redação dada pela Emenda Constitucional n° 19/1998, determina que os legisladores estaduais observem a estrutura judiciária nacional ao estabelecer o valor dos subsídios da magistratura local.A Adin n° 4.236 contesta o art. 3° da Lei n° 6.783/05, do estado do Pará. Já a Adin n° 4.237 foi ajuizada contra o art. 2° e seu parágrafo único da Lei n° 10.021/06 e o § 2° do art. 193 da Lei 10.847/07, ambas do estado da Bahia. A Adin n° 4.238, por sua vez, contesta o parágrafo único do art. 2° e o art. 3° da Lei n° 5.535/06 e o art. 4° da Lei Complementar n° 96/08, do Piauí. Além das três ações ajuizadas no dia 5 de maio, a AMB já impetrou outras seis adins em favor dos magistrados gaúchos (n° 4.117), cearenses (n° 4.182), pernambucanos (n° 4.183), capixabas (n° 4.199), paraibanos (n° 4.200) e maranhenses (n° 4.201).Em todas as ações ajuizadas pela AMB, o principal argumento utilizado é o de que “os legisladores estaduais não verificaram a necessidade de observar a limitação prevista na nova redação do inciso V, do art. 93, da CF, quanto à necessidade de a diferença mínima e máxima entre os subsídios dos níveis da carreira ter de observar a estrutura judiciária nacional”.A intenção da AMB é lutar para que em todos os estados do País seja respeitado o limite de 10% de diferença na remuneração das categorias da magistratura – desembargador, juiz titular e juiz substituto. Para tanto, a Associação conta com a colaboração das entidades filiadas, tendo solicitado, por meio de ofício, o envio de cópia da lei relativa ao subsídio da magistratura nos respectivos estados.As adins serão ajuizadas individualmente para que haja mais celeridade. Segundo o presidente da AMB, Mozart Valadares Pires, é preciso corrigir a distorção salarial que acontece na maioria dos estados. “Este já é um problema superado na Justiça Federal e do Trabalho. Os juízes estaduais também têm direito a um tratamento justo no que diz respeito aos subsídios”, afirma.Estrutura judiciária nacionalA Emenda Constitucional n° 19/1998 estabeleceu que os subsídios da magistratura deveriam obedecer a uma estrutura judiciária nacional. Entretanto, o sistema remuneratório só passaria a ter aplicação após edição de lei que fixasse o subsídio dos ministros do STF.Os anos foram passando e os poderes não conseguiam chegar a um consenso sobre o valor, já que segundo o inciso XV do artigo 48 da Constituição, a lei de fixação do subsídio deveria ser uma iniciativa dos presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal. Essa ineficácia da aplicação prática da lei só pôde ser revertida com a Emenda Constitucional n° 41/2003, que deixou de exigir a iniciativa conjunta para elaboração da norma.O teto para os ministros do STF só foi estabelecido com a Lei de Subsídios, editada em 2005 (Lei n° 11.143). A partir daí, os estados puderam começar a edição de suas próprias leis para fixar subsídios da magistratura local. Os legisladores devem levar em conta o escalonamento a partir do subsídio de ministro do STF: diferença entre 10 a 5% de uma categoria para outra, sempre observando a estrutura judiciária nacional. Isso quer dizer que além de um teto, a Constituição também estabeleceu um “piso” para os subsídios.
Os concursos para ingresso na magistratura seguirão as mesmas regras e padrões. É isso o que determina resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovada nesta terça-feira (12/05) em sessão plenária. Relatada pelo conselheiro, ministro João Oreste Dalazen, a resolução recebeu, por meio de consulta pública, 1.011 sugestões encaminhadas por cidadãos, escolas e instituições públicas.O ministro João Oreste Dalazen lembrou que a proposta surgiu da necessidade de padronizar os critérios de seleção. “Havia falta de uniformidade nas normas, cada tribunal tem a sua norma, os seus critérios. Também surgiu da preocupação com algumas diretrizes, tal como terceirização em demasia das provas do concurso”, explicou. A resolução é válida para todos os ramos do Judiciário.Etapas - Pela nova resolução, reunidas em 38 páginas, os concursos para ingresso na magistratura serão compostos por cinco etapas. São elas: prova seletiva, duas provas escritas (uma discursiva e outra prática de sentença), prova oral, prova de títulos e uma etapa constituída de sindicância de vida pregressa e funcional do candidato, exame de sanidade física e mental e exame psicotécnico, que não era exigido até então.Outra mudança significativa diz respeito à contratação de empresas terceirizadas para realização dos concursos. Essas empresas só poderão ser contratadas para execução da prova objetiva. Também será possível ingressar com recursos em todas as etapas do concurso, com exceção da prova oral.A partir de agora, a resolução enumera quais os títulos e os valores de pontuação correspondente a esses títulos. Com relação a vagas para portadores de deficiência, será reservado, no mínimo, 5% das vagas.No que se refere à atividade jurídica, a resolução revoga a Instrução Normativa n. 11 do CNJ, que considera como tal a participação em curso de pós-graduação promovido por Escolas oficiais de magistratura. Contudo, os cursos iniciados antes da entrada em vigor da resolução serão considerados.Confira aqui a íntegra da resolução.
Já está em vigor a lei que obriga os planos de saúde a cobrir procedimentos para planejamento familiar, como cirurgia de laqueadura de trompas, vasectomia e implantação do Dispositivo Intra Uterino (DIU). A Lei 11.935 foi publicada ontem (12) no Diário Oficial da União, após sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Está previsto também atendimento de urgência para acidentes pessoais ou complicações durante a gravidez, além da emergência para os casos em que o paciente corre risco imediato de vida ou lesão irreparável, mediante declaração do médico assistente. Em abril de 2008, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) já havia determinado a ampliação dos serviços prestados pelas operadoras, entre eles, a laqueadura, a vasectomia e a implantação do DIU. Agora, a cobertura tornou-se lei.
Com a finalidade de melhorar as condições de trabalho em todas as comarcas do Estado, o presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), desembargador Paulo Teles, submeteu ontem (12) à apreciação da Assembléia Legislativa de Goiás, o estudo do projeto de lei que irá abranger a reestruturação do Poder Judiciário de Goiás. Durante a explanação, Paulo Teles defendeu a criação de mais varas para as diversas comarcas de Goiás e falou sobre a implantação de mais oito comarcas até o fim da sua gestão. “Qualquer projeto será objeto de discussão com os representantes dessa Casa. O TJ não quer causar inquietação, mas tranquilidade a todos os que necessitam da Justiça rápida e dinâmica”, salientou.Paulo Teles também falou sobre a carência de juízes nas regiões goianas e o elevado número de processos que tramitam atualmente, além do retorno dos distritos para as comarcas originais. “Infelizmente o TJ não acompanhou o crescimento das cidades e das demandas judiciais. Mas todas as distorções serão corrigidas, pois hoje temos uma competente equipe de juízes auxiliares na Presidência do TJ que nos ajudarão na elaboração desse projeto ”, frisou. Vários deputados demonstraram apoio à Paulo Teles e reforçaram a importância da aproximação entre os Poderes Legislativo e Judiciário. Acompanharam o presidente os juízes auxiliares da Presidência Enyon Artur Fleury de Lemos, Aureliano Albuquerque Amorim e Wilton Muller Salomão.
O presidente da Asmego, juiz Átila Naves Amaral, enviou ofício ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), para levar ao conhecimento do presidente, desembargador Paulo Teles ,que os juízes titularizados: Reinaldo de Oliveira Dutra, Carlos Henrique Loução, Gustavo Braga Carvalho, Fernando Oliveira Samuel, Karinne Thormin da Silva e Letícia Silva Carneiro de Oliveira, não estão recebendo por parte do TJGO, o tratamento de Juízes de Direito. Equivocadamente, estão os mesmos sendo qualificados como "juizes substitutos titularizados".Os juízes de Direito, uma vez titularizados, devem receber o implemento de 5% em seus subsídios, além da correta designação do cargo de referidos magistrados, "Juízes de Direito", por força de lei.Para ver na íntegra o ofício enviado ao tribunal e os decretos judiciários que promoveram os magistrados: Letícia silva Carneiro de Oliveira e Reinaldo de Oliveira Dutra, clique aqui.Para ver na íntegra os decretos judiciários que promoveram os magistrados Karinne Thormin da Silva, Carlos Henrique Loução, Gustavo Braga Carvalho e Fernando Oliveira Samuel, clique aqui.
No final da tarde desta terça-feira, foram disponibilizados pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás editais para promoção e remoção de juízes.Os atos foram divulgados na Edição Suplementar nº 332, do Diário da Justiça Eletrônico.Para acessar o inteiro teor desta edição, clique aqui.
Definição do Plano Estratégico do Poder Judiciário 2009/2011, instalação de 12 varas e duas comarcas, recuperação de crédito com o Estado no valor de R$ 36 milhões e antecipação em um ano do 2º Encontro de Diretores de Foro de Goiás. Essas são algumas das atividades estratégicas desenvolvidas nos primeiros cem dias da administração do presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), desembargador Paulo Teles, apresentadas nesta manhã (12) pelo diretor-geral do Tribunal, Stenius Lacerda Bastos. Ao apresentar os dados durante reunião com Paulo Teles, que agradeceu o apoio de todos os diretores de área, e com a equipe de trabalho designada pela presidência do TJ, Stenius lembrou que o bom resultado alcançado nos primeiros meses da atual gestão, é fruto de um trabalho conjunto e da filosofia adotada por Paulo Teles de aproximar o Judiciário do cidadão. “Todas as ações do presidente do TJ são de uma transparência jamais vista pelo Judiciário goiano. Sua preocupação principal é melhorar de forma efetiva a prestação jurisdicional privilegiando um atendimento digno a todos”, ressaltou.Entre os pontos destacados por Stenius estão também o preenchimento de 97% dos cargos vagos do Judiciário no Estado até o fim da atual gestão, a renovação de metade da frota de veículos automotores do TJ, a contratação, por licitação, de 225 pessoas para manutenção, limpeza e conservação dos fóruns, o investimento de R$ 4 milhões em cursos de capacitação para servidores e o aumento de estagiários que passarão de 730 para 1050 - também por licitação. Contudo, explicou que a partir do próximo ano os estagiários serão submetidos a concurso público. “A seleção desse pessoal será feita por concurso e de forma muito transparente. O grande problema de pessoal enfrentado atualmente pelos juízes goianos também será solucionado pelo preenchimento desse grande contingente de vagas no Estado ”, frisou.Segundo o desembargador Antônio Nery da Silva, coordenador de obras do TJ e que participou da reunião, a administração de Paulo Teles vem surpreendendo a todos de maneira positiva. Ao comentar que nenhum outro tribunal do País possui um plano tão arrojado, Nery enfatizou a priorização da construção dos fóruns do Entorno do Distrito Federal (Cidade Ocidental, cuja licitação ocorrerá em 8 de junho, Águas Lindas de Goiás, Novo Gama, Cristalina e Valparaíso de Goiás). “O entorno é nossa prioridade, pois as condições de trabalho na região são precárias. Tivemos todo o apoio da presidência e essa administração vai marcar época, pois o progresso já está sendo sentido a cada dia”, observou. Já o juiz auxiliar da Presidência, Enyon Artur Fleury de Lemos, que também esteve presente à reunião, falou sobre a experiência de 16 anos na magistratura e afirmou que a motivação dos colegas com a administração de Paulo Teles é diferente. “Conheço de perto as angústias enfrentadas pelos juízes, principalmente no interior. Por essa razão afirmo que essa administração é exemplar”, enalteceu.
Expira na sexta-feira (15), o prazo para que magistrados e servidores que exercem cargos em comissão ou função de confiança no Poder Judiciário entreguem cópia assinada de suas declarações de Imposto de Renda à Diretoria de Recursos Humanos do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). A determinação está contida no Decreto Judiciário nº 599, de 26 de abril de 2006 e prevê sanção em caso de descumprimento ou falsificação.
A Asmego protocolou na última sexta-feira (8), pedido de requerimento administrativo, junto ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), para pagamento das diferenças vencimentais devidas a magistratura goiana, referentes ao auxílio-moradia, compreendido entre os anos de 1994 a 1997, a chamada parcela autonôma de equivalência. A Asmego requer o pagamento da diferença, para os juízes que já estavam incorporados à magistratura entre os anos de 1994 a 1997. O pedido será apreciado pelo presidente do TJGO, desembargador Paulo Teles.Para ver na íntegra o protocolo, clique aqui.
Segundo noticiado hoje pelo jornal O Estado de São Paulo, os ministros Gilmar Mendes, presidente do STF, e Gilson Dipp, do STJ e corregedor do CNJ, defenderam ontem a aprovação no Congresso de uma legislação específica com condições e limites para o uso de recursos para a investigação do crime organizado.Ao participar de um seminário sobre o tema na Escola de Magistratura do Rio de Janeiro, os dois fizeram diagnóstico parecido: juízes convivem com uma grande insegurança jurídica ao autorizar o uso de instrumentos como interceptações telefônicas, delação premiada, quebra de sigilo e a infiltração de agentes em organizações criminosas.
Apesar de o valor da causa ser um dos critérios para definir a competência do juizado especial, é admissível que o valor desta ultrapasse os 40 salários mínimos. Esse foi o entendimento da ministra Nancy Andrighi, que relatou medida cautelar com pedido de antecipação de tutela (conceder previamente pedido da ação antes do término do julgamento do processo) originária de Santa Catarina. A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acompanhou, por maioria, o voto da relatora. A medida cautelar visa suspender a execução da sentença no Juizado Especial Cível. A Sexta Turma de Recursos de Lages (SC) considerou que o Juizado Especial da comarca de Bom Retiro tinha competência para julgar ação de indenização contra J.P., cujo empregado atropelou e matou G.D. O juizado fixou a indenização em pouco mais R$ 100 mil, sendo que a competência deste foi posteriormente contestada pelo condenado. Houve impetração de mandado de segurança, desta vez ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que indeferiu a petição inicial sob a alegação de que, apesar de o STJ entender que a autonomia dos Juizados Especiais não prevalece em relação às decisões acerca de sua própria competência para conhecer das causas que lhe são submetidas, ficando tal controle submetido aos Tribunais de Justiça, na espécie, a decisão da Turma Recursal não influiu na definição da competência do Juizado Especial. A defesa de J.P. recorreu, então, ao STJ, insistindo que o juizado especial não era competente e que este não teria autonomia no que se refere ao controle de suas sentenças, sendo este dos Tribunais de Justiça. Afirmou também a necessidade de perícia, o que excluiria a competência do juizado. Por fim, voltou a apontar a questão do valor da indenização, que, corrigido, chegaria a quase R$ 180 mil. Ao decidir, a ministra Nancy Andrighi reconheceu que os juizados especiais não têm autonomia para decidir sobre sua própria competência, mas apontou que a realização da perícia não tem relação com a competência, pois a Lei n. 9.099/95, que criou os juizados especiais, não exclui a possibilidade de eles realizarem perícias, ainda que de modo simplificado. Quanto à questão do valor da causa, a ministra ressaltou que, “ao regulamentar a competência conferida aos juizados, o legislador usou dois critérios distintos – quantitativo e qualitativo – para definir o que são causas cíveis de menor complexidade. Exige-se, de regra, a presença de apenas um desses requisitos e não a sua cumulação”. A exceção fica para as ações possessórias sobre bens imóveis, em relação às quais houve expressa conjugação dos critérios de valor e matéria. Como na hipótese dos autos a competência do Juizado Especial foi determinada com base na matéria (acidente de veículo de via terrestre), a ministra considerou perfeitamente admissível que o pedido excedesse o limite de 40 salários mínimos. Diante disso, ela indeferiu o pedido liminar de antecipação de tutela.
Entre os dias 13 e 15 de maio, a capital goiana será palco do V Congresso Nacional de Execução de Penas e Medidas Alternativas (Conepa). Com o tema central “Penas e Medidas Alternativas: Promovendo Segurança com Cidadania”, o evento tem como objetivo a troca de experiências, com a discussão sobre a realidade nacional da execução penal alternativa, além de compartilhar as ações decorrentes da implantação de políticas públicas de prevenção criminal. O Centro de Cultura e Convenções, em Goiânia, será a sede do congresso.Para esta 5ª edição do Conepa, o Ministério da Justiça firmou convênio com o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), por meio do procurador-geral de Justiça, Eduardo Abdon Moura (foto), visando à organização e realização do evento. O Depen será representado pela coordenação-geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas Alternativas (CGPMA) e pela Comissão Nacional de Apoio às Penas e Medidas Alternativas (Conapa). O V Conepa conta ainda com a parceria do governo do Estado de Goiás, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), da Ordem dos Advogados de Goiás – Seção Goiás (OAB-GO), da Associação Goiana do Ministério Público (AGMP) e da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego). A coordenação científica do Conepa no Estado está a cargo do subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Administrativos, Fernando Braga Viggiano (foto), que é também membro da Conapa.A solenidade de abertura, no dia 13, às 19 horas, terá o pronunciamento do ministro da Justiça, Tarso Genro, sobre o tema central do encontro. Está prevista ainda a participação de autoridades goianas e de reconhecimento nacional, entre elas o procurador-geral de Justiça de Goiás, Eduardo Abdon Moura; o presidente do TJ-GO, Paulo Maria Teles Antunes; o diretor-geral do Depen, Airton Aloisio Michels; o presidente da OAB-GO, Miguel Ângelo Cançado; o diretor de Políticas Penitenciárias do Depen, André Luiz de Almeida e Cunha; a coordenadora-geral do CGPMA, Márcia de Alencar Araújo Matos (foto); e o presidente da Conapa, Geder Luiz Rocha Gomes. A conferência de abertura abordará o tema “Alternativas à prisão, segurança pública e cidadania: a qualidade da punitividade”, em mesa presidida pelo procurador-geral de Justiça de Goiás. Além disso, haverá homenagens e entrega de premiações. O primeiro dia do evento será encerrado com apresentação cultural.No segundo dia (14/5), os trabalhos terão início com a primeira mesa-redonda do congresso, das 8h30 às 10 horas, com o tema “Direitos Humanos e Segurança Pública: Conflito entre Defesa Social e Garantias Individuais do Infrator”. Na sequência, das 10h30 às 12 horas, será realizado o Espaço Dialogal, em três módulos. À tarde, haverá a exposição simultânea de painéis e a apresentação da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública com Cidadania. Em seguida, uma palestra discutirá o tema “Segurança com Cidadania na Execução de Penas e Medidas Alternativas: Rede Social e Controle Penal”, com votação, do texto-base “Segurança com cidadania na execução de penas e medidas alternativas”.No último dia do evento (15/3), o destaque da programação da manhã é a mesa-redonda, das 8h30 às 10 horas, sobre o tema “Dignidade Humana e Tratamento da Mulher Presa no Brasil”. Serão realizadas também quatro oficinas temáticas – “Monitoramento Eletrônico e Monitoramento Psicossocial”, “A Interface entre os Conselhos da Comunidade, Patronatos e as Centrais de Acompanhamento de Penas e Medidas Alternativas”, “Direito à Intimidade do Infrator”, e “Aspectos Controvertidos da Lei Maria da Penha”. A tarde segue com o Espaço Dialogal, abordando os temas “Mídia, Segurança Pública e Penas Alternativas”, “Penas Alternativas na Visão dos Poderes”; e “A Finalidade da Pena: Punir ou Reabilitar”. Às 16 horas, haverá a conferência de encerramento, enfocando o tema “Política Penal e Penas Alternativas à Prisão”. Na sequência, será feita a entrega dos certificados e o encerramento do evento, com apresentação cultural.Conforme destacam os organizadores, o Conepa é um evento reflexivo fundamental sobre a política penitenciária e as alternativas ao cárcere, garantindo um espaço para a análise e reflexão das alternativas penais brasileiras.
Se você é associado das regiões Centro-Oeste ou Sudeste, prepare-se: vem aí a Copa Regional de Tênis de ambas as regiões, que acontece em Cuiabá (MT), de 11 a 14 de junho. O evento está em sua nona edição, e é uma realização da AMB, com organização da Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam). As inscrições vão até o dia 2 de junho, e devem ser feitas no site da Amam.Os locais dos jogos serão as quadras de saibro do Cuiabá Tênis Clube, e as partidas acontecerão durante todo o dia, das 9 horas às 20 horas. A disputa será dividida entre as seguintes categorias: Feminina (qualquer idade); Masculina até 40, até 50, e até 60 anos; Masculina 60 anos ou mais; Masculina 70 anos ou mais; e Duplas (qualquer idade, masculina, feminina ou mista). No sábado, dia 13 de junho, haverá ainda mais confraternização em um jantar que premiará os vencedores.Os atletas ficarão à disposição do árbitro geral da Copa, portanto não há programação prévia das partidas, que serão definidas no dia 10 de junho. O atleta que se ausentar do local sem autorização do árbitro será penalizado com W.O.Outro destaque da programação são os passeios opcionais por adesão. Os magistrados terão a oportunidade de conhecer as belezas do Centro Geodésico da América do Sul, como o Pantanal e a Chapada dos Guimarães. As reservas de hotel, passagens aéreas e passeios deverão ser feitas diretamente com Eduardo, Márcia ou Léia, pelos telefones (65) 3688-1310, (65) 3688-1312, (65) 3027-5382 e (665) 9288-1945, ou pelos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. .O traslado hotel/local de jogos/hotel será oferecido a todos os participantes da Copa. Mais informações no site da Amam, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., ou por telefone (65) 3631-1414.Confira a programação prévia completa:Dia 10 de junho (quarta-feira)- Chegada das delegações- Recepção no aeroporto pela equipe de apoio- 20 horas - Definição de chaves e, logo após, um coffee breakDia 11 de junho (quinta-feira)9 horas às 20 horas – Jogos Dia 12 de junho (sexta-feira)9 horas às 20 horas – Jogos 21 horas – Baile dos namorados (opcional)Dia 13 de junho (sábado)9 horas às 20 horas – Jogos 21 horas – Premiação e jantar de encerramentoDia 14 de junho (domingo)- Passeios opcionais - Pantanal, Chapada dos Guimarães e city tour
A comissão especial que vai analisar a proposta de criação do Tribunal Superior da Probidade Administrativa (PEC 115/07) se reúne nesta tarde para definir seu roteiro de trabalho.A proposta, do deputado licenciado Paulo Renato Souza (SP), prevê que o tribunal terá a atribuição de julgar as ações penais relativas a crimes contra a administração pública e as ações cíveis relacionadas a atos de improbidade administrativa que envolvam altas autoridades públicas.O presidente e o relator da comissão são, respectivamente, os deputados Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB) e Flávio Dino (PCdoB-MA). A reunião será realizada às 14 horas, no plenário 12.
O corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, cobrou sensibilidade dos juízes nas questões agrárias ao encerrar, ontem, o encontro de instalação do Fórum Nacional para Monitoramento e Resolução dos Conflitos Fundiários e Urbanos. Para ele, o magistrado não pode emitir decisões sem que elas possam ser cumpridas. “Os juízes precisam ter sensibilidade quando determinam uma reintegração de posse”, afirmou.