“Judiciário de Goiás já evoluiu para a Sociedade 5.0, que é centrada no ser humano”, afirma juíza Aline Tomás
Responsável pela criação dos projetos Adoce e Simplificar, e adoção do metaverso pelo TJGO, magistrada fala à Asmego sobre importância de aproximar o cidadão do Judiciário, por meio de práticas humanizadas, que assegurem prestação jurisdicional mais célere e eficaz.
Confira a entrevista na íntegra:
-Os projetos Adoce e Simplificar têm em comum garantir o bem-estar do jurisdicionado. O que a levou a criá-los?
Os projetos Simplificar e Adoce foram criados com foco no ser humano, considerando o usuário da Justiça como sujeito de direitos da prestação jurisdicional, que nós magistrados entregamos todos os dias em nossos processos judiciais.
-Em síntese, como funciona cada um deles?
O projeto Simplificar 5.0, como o próprio nome indica, busca a simplificação da linguagem jurídica com seus termos técnicos, transformando-a em um resumo ilustrado que lança mão de linguagem simples combinada com o Direito Visual, o que hoje conhecemos como Visual Law e Legal Design, produzindo um resumo ilustrado. Referido resumo é enviado para as partes e advogados tão logo a sentença é publicada no nosso sistema do Tribunal de Justiça de Goiás e tem a intenção de entregar uma Justiça transparente e que se entenda, sendo compreendida por qualquer cidadão, seja ele da área jurídica ou não.
O projeto Simplificar 5.0 também traz uma novidade na área de inovação e tecnologia ao utilizar a inteligência artificial como uma ferramenta para três funções principais: 1. Classificação das sentenças, separando aquelas que serão traduzidas em um resumo ilustrado; 2. O algoritmo de aprendizado de máquina transforma nossa sentença como tradicionalmente feita em um resumo ilustrado, substituindo os termos jurídicos e longos períodos por linguagem simples, com frases curtas, palavras-chave e recursos visuais como imagens, fluxogramas, linha do tempo ilustrada etc.; 3. A IA, após validação humana do resumo pela equipe do Simplificar, envia o resumo ilustrado para as partes e seus advogados, no exato momento em que a sentença é publicada no sistema do tribunal. Dessa forma, todos os envolvidos no processo recebem em tempo real, em seus canais digitais, a tradução de forma simplificada dos principais pontos que foram decididos no seu processo, e isso constrói uma Justiça cada vez mais humanizada e cidadã.
Já o projeto Adoce tem como dinâmica o oferecimento de glicose, na forma de suco de uva, momentos antes das audiências de conciliação, visando utilizar a glicobiologia à favor das partes do processo. E como isso funciona? O nosso cérebro tem como principal combustível a glicose. O suco de uva nos permite esse aporte de glicose que, no corpo humano, gera reações orgânicas e biológicas, tais como uma melhora na comunicação, uma escuta ativa preponderante e uma possibilidade maior de negociação, que coincidem com os atributos necessários a uma boa conciliação.
Dessa maneira, ao se oferecer o suco de uva nas audiências de conciliação, nós observamos um aumento do índice de acordos de 45% para 76%, alcançando números não conhecidos em outro lugar do Brasil. Mas muito mais do que números, os resultados do Adoce nos demonstram o alto grau de satisfação dos usuários da Justiça que conciliam, com esse aporte de glicose. E essa conclusão nós alcançamos quando verificamos que, após este momento da conciliação, as partes não retornam ao Judiciário para pedir qualquer tipo de execução ou cumprimento de sentença, significando que o que ali elas construíram, realmente, norteou a vida a partir daquele momento.
-Por que é necessário aproximar o cidadão do Judiciário, de forma humanizada?
A prestação jurisdicional do Poder Judiciário de Goiás hoje está contextualizada dentro de uma sociedade 5.0, que é aquela centrada no ser humano com a solução dos problemas diários das pessoas. Dessa forma, ao colocarmos o cidadão como sujeito de direitos e foco principal de nossas atividades, naturalmente nós temos uma prestação jurisdicional mais humanizada, que amplia o próprio acesso à Justiça e cria uma Justiça cada vez mais cidadã.
-Além desses projetos, há outros em estudo ou desenvolvimento com o objetivo de atender necessidades do jurisdicionado?
No último dia 13 de outubro deste ano, ganhou vida um novo projeto, Metaverso no Poder Judiciário, e nós de forma pioneira, como primeiro tribunal estadual do Brasil, realizamos a primeira audiência de conciliação no Metaverso.
Mas o que é o Metaverso? Trata-se de uma plataforma de realidade virtual aumentada em que se simula no mundo digital as nossas relações cotidianas realizadas fisicamente. No Brasil, o Metaverso ainda tem sido pouco utilizado. Nós podemos observar o seu emprego nas relações interpessoais, especialmente no setor empresarial e na área do lazer com os jogos, daí a importância de trazê-lo para o Poder Judiciário nesse momento em que se trata de uma plataforma em pleno desenvolvimento, pois é importante para nós sermos construtores de um ambiente que, em um futuro próximo, norteará as relações, não só dos setores já citados, mas certamente permeará toda o sistema de justiça. Esperamos não ser mais meros usuários de sistemas postos, como aconteceu na pandemia, em que nós tivemos que migrar, da noite para o dia, do cem por cento físico para o modelo híbrido, utilizando de plataformas digitais para atendimentos e audiências, nas quais nenhuma participação tivemos em sua criação ou desenvolvimento.
Já ao experimentarmos o Metaverso como desenvolvedores, pontuando para a plataforma as nossas necessidades e expectativas, muito em breve teremos um ambiente que atenda integralmente aos nossos anseios, com a possibilidade de constantemente adaptarmos às novas realidades que surgirem no sistema de justiça.
-A seu ver, o Poder Judiciário deve investir em mais práticas que assegurem prestação jurisdicional mais humanizada?
Embora os três projetos acima apresentados tenham áreas de atuação diversas, a exemplo do projeto Adoce, que se utiliza de atributos orgânicos e biológicos do corpo humano para alcançar melhores resultados nas conciliações; o projeto Simplificar 5.0, que alia o emprego da linguagem simples somada ao Direito Visual e Inteligência Artificial para que se alcance uma melhor compreensão da linguagem técnica empregada pelo Direito; e, por fim, o projeto Metaverso no Judiciário, que alia tecnologia e inovação ao direito, permitindo uma ampliação no acesso à Justiça e a construção de um Poder Judiciário cada vez mais cidadão, os três projetos têm a mesma finalidade: apresentar um Poder Judiciário moderno, que acompanha a evolução social, colocando como protagonista o cidadão, o verdadeiro sujeito de direitos das relações processuais.
Assim, investir em práticas que atendam às necessidades sociais nos permite construir um Judiciário com ferramentas para seguir cumprindo com eficiência e celeridade a sua função social.
-A inserção do Judiciário no chamado Metaverso poderá contribuir de que forma para uma prestação jurisdicional mais célere e humanizada?
A resolução de conflitos processuais dentro do Metaverso tem nos mostrado resultados positivos, na medida em que demandas, especialmente na área de família, onde nós demos início ao Metaverso no Poder Judiciário goiano, mostram-se mais empáticas e aproximas os envolvidos com o uso de avatares.
No modelo tradicional, as pessoas precisavam se encontrar fisicamente em um audiência, olhos nos olhos, deixando os ânimos das relações desfeitas ainda mais exaltados. Com o Metaverso tempos um nova perspectiva: um encontro virtual, com a representação das pessoas por personagens, amenizando as relações conflituosas.
A sociedade evolui dia após dia, e um bom Poder Judiciário acompanha essas evoluções e apresenta prontas respostas para atender aos seus usuários. E é isso que os três projetos apresentados se propõem: aliar o Direito à inovação e tecnologia, ampliando ainda mais as portas da justiça, construindo um Judiciário cidadão.
Aline Tomás é diretora do Foro da Comarca de Anápolis, e diretora de saúde e convênios da Asmego
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), presidido pelo desembargador Carlos França, e sob o intermédio da Comissão Permanente de Memória e Cultura do Tribunal de Justiça, que tem como presidente em exercício o desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga, promove na próxima segunda-feira (7), às 16 horas, a palestra “Palavras e Silêncios em Torno da Semana de Arte Moderna de 22”, com o professor e poeta Antônio Carlos Secchin, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). O evento será realizado no auditório da Escola Judicial de Goiás (Ejug), com transmissão ao vivo no canal da Ejug no YouTube, e integra as comemorações do TJGO para o centenário da Semana de Arte Moderna.De acordo com o presidente em exercício da Comissão Permanente de Memória e Cultura do Poder Judiciário, desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga, a escolha do imortal da ABL, Antônio Carlos Secchin, se deu em função de seu extenso e respeitável currículo literário. “O professor e poeta Antônio Secchin vem nos agraciar com sua visão sobre o movimento de 1922, a maior mobilização artístico-cultural no Brasil, que transitou por diversos segmentos da cultura, como literatura, poesia e artes plásticas”, destacou o desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga.O assessor cultural do TJGO, Gabriel Nascente, um dos responsáveis pela vinda de Antônio Carlos Secchin ao TJGO, esclarece que o evento integra o projeto Vivências e Convivências com os Imortais da ABL, uma iniciativa da Comissão Permanente de Memória e Cultura do TJGO.PerfilAntônio Carlos Secchin nasceu no Rio de Janeiro, em 1952. Professor, escritor e crítico literário, Secchin ocupa, desde 2004, a Cadeira de nº 19 da ABL, antes pertencente ao sociólogo e escritor Marcos Almir Madeira. É especialista nas obras de João Cabral de Melo Neto, Cecília Meireles, Carlos Drummond e Mário Quintana, entre outros ícones da literatura brasileira.Publicou os livros A ilha (1971), Ária de estação (1973), Movimento (1976), Elementos (1983), Diga-se de passagem (1988), Poesia e desordem (1996), Todos os ventos (2002), Escritos sobre poesia e alguma ficção (2003), 50 poemas escolhidos pelo autor (2006), Memórias de um leitor de poesia (2010), João Cabral: uma faca só lâmina (2014), uma revisão e ampliação de toda a obra do poeta pernambucano, O galo gago (2018), e Desdizer, também publicado em 2018.Secchin foi reconhecido por diversas premiações da literatura brasileira, como o Prêmio Alphonsus de Guimaraens, da Fundação Biblioteca Nacional (2002), Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras (2003), e o Prêmio Nacional do PEN Clube do Brasil (2003).Texto: Comunicação Social/TJGO
Com imenso pesar e tristeza, a Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) informa o falecimento do desembargador Homero Sabino de Freitas, segundo vice-presidente e fundador da associação. Homem visionário e de conduta ilibada, Homero foi o responsável por transformar em realidade o sonho da magistratura goiana de ter uma associação que representasse suas lutas, e fosse voz consoante de seus maiores anseios.Desembargador Homero presidiu o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), no biênio 1995-1996, e a Asmego por quatro mandatos. Em ambas as funções, atuou com honradez e abnegação, e foi responsável direto por inúmeras conquistas da magistratura. Tais predicados, somados à inteligência, sabedoria, diplomacia e ética, fizeram com que desembargador Homero fosse aclamado de forma unânime pela magistratura goiana, que sempre confiou a ele seus sonhos e batalhas mais legítimas.Ao meu lado, na gestão da associação, era como experiente mestre que orienta, ensina e dá exemplos, além de grande amigo. E, graças à sua experiência, conseguimos conduzir nossa entidade auferindo da magistratura respeito e confiança.O carinho com que tratava a classe e, sobretudo a Asmego, a quem chamava de filha, nos fez dar a ele o apelido afetuoso de “pai da Asmego”.Hoje, muito do que somos e conquistamos devemos a ele, com quem aprendemos valores como dedicação, comprometimento, amizade, perseverança. Esses ensinamentos permanecerão para sempre em nossos corações.Neste momento de dor, nos colocamos em orações pelos familiares e amigos do nosso amado e admirado desembargador Homero, e rogamos a Deus que o receba com a mesma generosidade que ele entregou a todos.Patrícia CarrijoPresidente da Asmego
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A Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) repudia veementemente ataques à autonomia e independência do Poder Judiciário e seus legítimos representantes. Nos últimos dois dias, acompanhamos, estarrecidos, agressões direcionadas à ministra do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia, pelo réu e condenado pelo Poder Judiciário, Roberto Jefferson. Como se não bastasse tal atitude repugnante, covardemente, o réu atentou contra a vida de agentes públicos no exercício de suas funções. O Poder Judiciário tem, como principal missão, resguardar a democracia e assegurar os direitos dos cidadãos. Nesse sentido, não se furtará, jamais, a lutar por sua legítima independência, assegurada pela Constituição, para que, somente assim, consiga cumprir com todas as suas atribuições. Liberdade de expressão jamais poderá ser confundida com libertinagem, desrespeito, agressões, violação de direitos humanos, compartilhamento de fake news. Tais ações devem sempre ser repudiadas, banidas e responsabilizadas nos devidos âmbitos, como o criminal. Ataque à magistratura é ataque à democracia e aos direitos humanos. Asmego não permitirá, nunca, agressões a juízes e desembargadores, e continuará a cumprir seu desiderato: lutar pela independência do Poder Judiciário, pela proteção aos cidadãos e por uma sociedade moralmente evoluída, igualitária e justa. Patrícia CarrijoPresidente da Asmego
A presidente da Asmego, juíza Patrícia Carrijo, participou, nesta sexta-feira 3, da cerimônia de entrega dos certificados do Prêmio de Produtividade do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, concedido aos magistrados e demais servidores em reconhecimento ao comprometimento das unidades judiciais na busca da excelência dos serviços. A premiação foi dividida nas categorias Diamante, Ouro, Prata e Bronze."O Judiciário goiano a cada dia tem se aprimorado, sempre com esforço e dedicação de todos, sempre unidos no único propósito de entregar uma prestação jurisdicional de excelência. Esse é o nosso papel", disse Patrícia.
Asmego, representada pela presidente Patrícia Carrijo, participou, hoje, de reunião no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux, que fez visita institucional à sede do Judiciário goiano.Patrícia Carrijo ressaltou a importância da aprovação da PEC 63, que trata da reestruturação da carreira da magistratura, e institui o VTM (Valorização por Tempo na Magistratura) aos magistrados da ativa e aposentados.A presidente da Asmego destacou, também, a necessidade de revisão anual do subsídio da magistratura, sobretudo em razão da perda inflacionária.Ministro Fux, que é juiz de carreira, ouviu com atenção os pleitos da magistratura, e destacou o trabalho à frente do STF e CNJ.O presidente do TJGO, desembargador Carlos França, agradeceu ao ministro pela cordialidade com a magistratura goiana.Participaram da reunião o vice-presidente do TJGO, desembargador Zacarias Coelho; ouvidor desembargador Amaral Wilson; presidente do TRE-GO, desembargador Itaney Campos; desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga; demais desembargadores do TJGO; juízes auxiliares e servidores.
Asmego, representada pela presidente Patrícia Carrijo, participou, na noite desta quinta-feira, do Show Cultural - Casamento Comunitário, promovido pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e Corregedoria Geral da Justiça.A celebração gratuita beneficiou mil casais que não têm condições financeiras para arcar com os custos de um casamento formal, residentes na Região metropolitana de Goiânia e Anápolis. Evento aconteceu no Ginásio de Esportes Goiânia Arena."É com grande satisfação que a Asmego participa de um evento tão importante para toda nossa comunidade. Cumprimentamos o desembargador Nicomedes Domingos, corregedor-geral da Justiça; o presidente do TJGO, desembargador Carlos França, oficiais de Cartório e todos os magistrados que se empenharam para realizar o sonho dessas pessoas. É uma ação muito nobre", afirmou a presidente da Asmego.Evento contou com participação do desembargador Nicomedes Domingos, corregedor-geral da Justiça; presidente do TJGO, desembargador Carlos França; vice-presidente do TJGO, desembargador Zacarias Neves Coelho; prefeito de Goiânia, Rogério Cruz; primeira-dama de Goiás, Gracinha Caiado; presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira, dentre outras autoridades.
Após quatro dias de atividades, o XXIV Congresso Brasileiro dos Magistrados, realizado em Salvador (Bahia), encerrou-se neste sábado (15/05).As atividades foram divididas em três momentos. Primeiro, ocorreram reuniões da Coordenadoria Estadual e Conselho de Representantes, ocasiões em que todos os presidentes de associações puderam discutir as pautas de interesse da magistratura.No segundo e terceiro dia, magistrados assistiram a palestras dos ministros do STF, que debateram democracia, direitos humanos, missão do Poder Judiciário, prerrogativas da magistratura, Constituição e processo eleitoral.Houve, ainda, momento dedicado às atividades científicas, quando foram apresentadas as teses do 1º Concurso de Artigos do Centro de Pesquisas Judiciais (CPJ). Seis teses foram as premiadas, dentre elas, a da presidente da Asmego, juíza Patrícia Carrijo, que debateu A Inovação como Ferramenta de Garantia da Democracia e dos Direitos Fundamentais.Os participantes tiveram, por fim, momento de integração social. “Avançamos na discussão de temas extremamente importantes para a magistratura e pudemos reforçar nossos laços. Mais do que nunca, magistrados precisam estar unidos para vencer a corrente que ameaça independência e autonomia da categoria”, avalia Patrícia Carrijo.Dentre os participantes da Asmego, estiveram presentes o vice-presidente da associação, desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga; juízes Wilson Dias, Gilmar Coelho, Átila Amaral, Cristian Assis, Avenir Passos, Telma Aparecida, Denise Godim, Lúcia do Perpétuo Socorro e Laura Ribeiro.Nas imagens, estão também a presidente da AMB, juíza Renata Gil, e a desembargadora Luciane Cardoso, integrante do CPJ da AMB.
Presidente da Asmego, a juíza Patrícia Carrijo apresentou tese no XXIV Congresso Brasileiro dos Magistrados, realizado em Salvador (Bahia), e obteve 1º lugar entre os artigos inscritos no 1º Concurso de Artigos do Centro de Pesquisas Judiciais (CPJ).A magistrada aborda o aprimoramento do Poder Judiciário, de modo a contribuir com a melhoria da prestação jurisdicional."A tese aborda o aprimoramento do poder judiciário, para que a gente possa ter um Estado Democrático de Direito sólido. Afinal de contas, é papel do Poder Judiciário assegurar a Democracia, e a aplicabilidade da nossa constituição e dos direitos fundamentais. Por isso, propus diagnóstico para que tenhamos inteligência artificial para aprimoramento dos procedimentos judiciais, bem como uma prestação jurisdicional cada vez mais célere",afirma a presidente da Asmego.Asmego cumprimenta a magistrada pela conquista, que respalda a magistratura goiana.
Asmego, representada pela presidente Patrícia Carrijo, participou, nesta quinta-feira (12), da reunião do Conselho de Representantes da Associação dos Magistrados Brasileiros, realizada durante o XXIV Congresso Brasileiro dos Magistrados, que segue até sábado(14), em Salvador (Bahia).O congresso tem como objetivo o aprimoramento do judiciário brasileiro. Na reunião de hoje foram tratadas pautas como-Escola Nacional de Magistratura;-Centro de Pesquisas Judiciais(CPJ);-Laboratório de Inovação e Inteligência;-Recomposição dos subsídios-Verbas remuneratórias, dentre outras."Estamos atentos e atuantes a tudo que diz respeito aos interesses da magistratura. E o congresso é importante oportunidade para debatermos pautas e alinharmos nossa atuação em conjunto", afirma a presidente da Asmego.
O desembargador Itaney Francisco Campos foi empossado no cargo de presidente do TRE-GO, e a desembargadora Amélia Martins de Araújo, vice-presidente e corregedora regional eleitoral.Vice-presidente da Asmego, o desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga foi empossado como juiz-membro substituto na classe de desembargadores do TRE-GO."Nossa expectativa é de que, ressalvadas as naturais divergências de pensamentos e opiniões, próprias de uma sociedade pluralista, o pleito que se avizinha para escolha dos governantes de âmbito federal e estadual se desenvolva em clima de respeito, tolerância e civilidade", afirmou o presidente do TRE-GO, desembargador Itaney Campos."Asmego deseja aos novos gestores êxito, e ressalta que está sempre à disposição para contribuir com avanços relacionados aos pleitos da magistratura e aprimoramento da prestação jurisdicional", afirma Patrícia Carrijo.A associação cumprimenta o desembargador Leandro Crispim, que deixa o cargo de presidente do TRE-GO, pelo excelente trabalho prestado.Estiveram presentes o presidente do TJGO, desembargador Carlos França; corregedor geral da Justiça, desembargador Nicomedes Domingos; magistrados, governador Ronaldo Caiado, dentre outras autoridades.
A Asmego realizou, hoje, solenidade de posse da diretoria eleita para o biênio 2002-2023. A juíza Patrícia Carrijo, reeleita presidente da associação com 96% dos votos, foi empossada junto ao desembargador Luiz Cláudio Veiga Braga, vice-presidente; e desembargador Homero Sabino de Freitas, segundo vice-presidente."Mantenho esse mesmo sentimento e o mesmo compromisso, a partir dos princípios que nortearam a primeira gestão - a transparência, o diálogo, o planejamento, profissionalismo e a visão de futuro - que queremos prosseguir nossa caminhada associativa", assegurou Patrícia Carrijo.Presidente do TJGO e presidente de honra da Asmego, desembargador Carlos França ressaltou que "o papel da associação é reivindicar melhorias para a magistratura, e a presidente Patrícia Carrijo o faz muito bem, de forma destemida, aguerrida".Prefeito de Goiânia, Rogério Cruz destacou que a presidente da Asmego conseguiu atender às expectativas dos associados; por isso, foi reconduzida. "Tenho certeza de que continuará a realizar excelente trabalho", frisou.Participaram da solenidade, autoridades políticas, civis e militares; dentre elas: vice-presidente do TJGO, desembargador Zacarias Neves Coelho; corregedor-geral da Justiça, desembargador Nicomedes Domingos; presidente da OAB-GO, Rafael Lara; presidente do TCM, Joaquim de Castro; presidente do TRE-GO, desembargador Leandro Crispim; comandante de Operações Especiais do Exército, general Carlos Alberto Pimentel; procuradora-geral do Estado, Juliana Prudente (representou governador Ronaldo Caiado), dentre outras autoridades.ACESSE AQUI AS FOTOS DO EVENTO
Os servidores públicos e a maioria das categorias da iniciativa privada lutam constantemente pela paridade dos reajustes de seus vencimentos com os do salário mínimo, referencial no país do que seria justo para corrigir a inflação e garantir que o trabalhador, se não tiver ganho real, pelo menos não acumule perdas salariais no decorrer de sua carreira. Essa reposição deveria ser assegurada a quem ingressou num cargo que lhe remuneraria com um certo poder de compra e que, por direito, seria mantido.O psicólogo Fredrick Herzberg definiu, em sua teoria, os fatores de motivação que incentivam os funcionários a trabalharem mais e, ao mesmo tempo, aumentam a satisfação no trabalho. Dentro das necessidades na área emocional, ele catalogou o trabalho desafiador, o reconhecimento, os relacionamentos e o potencial de crescimento. Nas necessidades mais básicas e tangíveis estão segurança no emprego, salário e benefícios. Quanto à estrutura salarial, esta deve ser apropriada e razoável, e igual e competitiva para aqueles no mesmo nível.No campo constitucional, a não reposição das perdas inflacionárias, como vem acontecendo no serviço público, pode ser considerada uma verdadeira redução dos vencimentos, proibida de forma bem explícita no Art. 37, no inciso X, da Constituição Federal, com a redação: "A revisão geral da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índices entre servidores públicos civis e militares, far-se-á sempre na mesma data".Na magistratura, por exemplo, além dos atrasos, quando os vencimentos são reajustados, os índices ficam bem abaixo da perda inflacionária registrada naquele período. Nos últimos 15 anos, numa análise detalhada, eles acumularam perda de 44,7% se se comparar ao ganho do salário mínimo no mesmo espaço de tempo. Essa injustiça colabora, assim como em outras carreiras, para a evasão de quadros qualificados para atividades da iniciativa privada. Além de ser um desestímulo à atração desses quadros para se repor as perdas de pessoal da magistratura.Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF), na aprovação de sua proposta orçamentária para 2022, excluiu o reajuste salarial para os ministros da Corte. Os vencimentos deles servem de base para os de uma gama de servidores do serviço público, dentre eles a magistratura, tão necessária à sociedade e que, no dia a dia, enfrenta muitas privações inerentes ao cargo, tão relevante e dotado de tamanha responsabilidade para quem o exerce.Num momento de crises sanitária e econômica mundiais, a magistratura não está a exigir ganhos e avanços na carreira, mas se contrapor a medidas de políticas econômicas que aceitam aumento de gastos em áreas como a eleitoral, com ampliação mais que generosa para o Fundo Eleitoral, em detrimento a pagar aos trabalhadores seus direitos assegurados em lei, que colaborariam na recuperação do poder aquisitivo que conquistaram ao ingressar no posto a que se propuseram, repondo as perdas com a inflação. Não se pode ficar à mercê dos governos tomarem a iniciativa dessa recomposição dos subsídios. Muito menos esperar por um cenário em que terão condições ideais para cumprir com o que nos é garantido.A forma como os reajustes são concedidos, atualmente, nos faz lembrar do episódio do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas, quando Quincas Borba, em estado de mendicância, surrupia do amigo Brás seu relógio no momento em que o abraça para se despedir e agradecer pela ajuda recebida. Tempos depois, ele restitui ao amigo, nas palavras dele, "não com o mesmo, porém outro, não digo superior, mas igual ao primeiro". A reparação, após a privação do uso do objeto, só foi possível porque o antes mendigo recebera de uns parentes uma volumosa herança inesperada.A continuar no batido do relógio atual, ou na esperança de que recursos inesperados sejam conquistados pelo país para nos atender, em duas décadas os vencimentos dos magistrados descerão para algo próximo ao valor do salário mínimo. Isso para o alto nível de qualificação que nos é exigido. Não paremos no tempo.Patrícia Carrijo - Juíza e presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego)
A Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) realizou, no dia 8 de março, jantar em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, para reunir as associadas. Na celebração, as empresas que mantêm convênio com a associação presentearam associadas com mimos em celebração ao dia dedicado à mulher."Momento de confraternização, afeto e alegria", resumiu a presidente da Asmego, a juíza Patrícia Carrijo.ACESSE AQUI AS FOTOS DO EVENTO